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Para que o Brasil deixe de ser o eterno país do futuro, a educação deve ser ponto central no governo federal. É por isso que preocupa tanto observar que o Ministério da Educação sofre nas mãos de uma gestão que parece que ainda nem começou.
Desde a posse do ministro Ricardo Vélez Rodríguez, o MEC vem sofrendo com a instabilidade constante na pasta, ora atribuída à interferência de atores externos que exigem demissões e contratações de determinados profissionais, ora devido a brigas internas entre os diferentes grupos presentes no ministério.
Além disso, ainda pairam incertezas em relação a qual será a relevância que ganharão as pautas midiáticas e ideológicas na área da educação exploradas pelo presidente Jair Bolsonaro em sua campanha eleitoral. Nenhuma delas solucionam os problemas reais da educação.
Na última semana, visitei o ministério junto com outros deputados do partido Novo com o objetivo de expor tais preocupações. Nesta quarta (27), Vélez veio até a Comissão de Educação da Câmara para tentar esclarecer aos parlamentares sobre seus projetos à frente da pasta. Infelizmente, por mais que o ministro pareça estar se esforçando para tomar as rédeas do MEC e encaminhar os programas pedagógicos, o que ainda prevalece é o excesso de indefinições e a fragilidade do plano apresentado para tirar a educação brasileira da situação caótica em que se encontra.
Tiago Mitraud
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