Temas
Compartilhe
O Brasil se aproximou insistentemente da beira do abismo ao longo das últimas décadas. Nunca estivemos tão próximos do colapso de nossas contas públicas, processo que já avança em estados como Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Foram anos e anos de políticas econômicas equivocadas, aumento de gastos públicos desenfreados e favorecimento das mais diversas corporações – das empresariais às sindicais – que nos trouxeram a esta terrível situação econômica.
Quem mais sofre com isso, como sempre, é a população mais pobre e com baixa instrução, a mais atingida pelo desemprego e pela péssima qualidade dos serviços públicos.
Para sairmos desta situação, não há mágica. Precisamos urgentemente mudar as premissas sob as quais atuamos até aqui, saneando as contas públicas e destravando o setor privado. A reforma da Previdência, felizmente aprovada esta semana na Câmara, é a pedra fundamental do ajuste fiscal pelo qual devemos passar, mas está longe de ser a salvadora da pátria. O caminho até a plena recuperação econômica do país é longo e repleto de outros grandes desafios que precisamos superar.
Nesta coluna, quero falar sobre três grandes mudanças que precisam seguir a fila da Previdência na agenda do governo e do Congresso Nacional: a desburocratização do setor produtivo, a reforma do Estado e a abertura econômica. Se a Nova Previdência não for acompanhada dessas outras mudanças estruturais, o Brasil corre um sério risco de patinar mais uma vez em sua retomada.
Tiago Mitraud
Os artigos publicados pelos colunistas são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam as ideias ou opiniões do Nexo.
Navegue por temas