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Triste de uma sociedade que não olha os seus idosos e os seus aposentados com respeito, carinho e ternura. Dói-me a alma ao ver a fraqueza dos tempos na imensidão do descaso. Mas é somente este mesmo tempo que tem a capacidade de colorir os anos e as angústias, de rejuvenescer o sentido das coisas.
Tempo que diz é o que faz, é o tempo que fomos ontem, o que somos hoje e o que seremos amanhã, pois de tempos somos todos, como já afirmava Eduardo Galeano: “Somos teus pés e suas bocas. Os pés do tempo caminham em nossos pés”, como testemunhas de uma condição que pertence a todos.
Cedo ou tarde, todos nós teremos um aquietado andejar, “perdoando o vento”, cúmplice da vida e com uma força espiritual incrivelmente de luz e de esperança. Poderemos não mais voar como o falcão, mas as velhas rugas ainda permanecerão como uma sábia geografia com sua presença e caminhos.
Quando pensamos nos idosos e aposentados e estabelecemos políticas públicas e de Estado para eles, também estamos agindo no sentido concreto de garantir bem-estar às crianças, aos jovens e aos adolescentes. O Papa Francisco afirmou que “sem os idosos não há futuro”. Idoso, hoje; ontem, o despertar da vida.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) diz que idoso é todo indivíduo com 60 anos ou mais. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil tem mais de 28 milhões de pessoas nessa faixa etária, números de 2018. Projeção indica que, em 2040, um quarto da população brasileira será de idosos.
Paulo Paim
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