‘Escravidão foi a primeira grande aposta do Estado brasileiro’
Isadora Rupp
24 de março de 2024(atualizado 25/03/2024 às 20h31)Constituição de 1824 outorgada por Dom Pedro 1° há 200 anos compactuou com a manutenção da escravidão no Brasil por meio do silenciamento de questões raciais, diz historiadora ao ‘Nexo ’
Desfile da escola Paraíso do Tuiuti em 2023 contou história da escravidão
Em 25 de março de 1824, há exatos 200 anos, Dom Pedro 1° outorgava a primeira Constituição brasileira.
O documento, uma espécie de certidão de nascimento do Brasil, foi um instrumento importante para romper com uma forma mais autoritária de exercer o poder e de legitimar o que é cidadania. Mas também compactuou com a manutenção da escravidão no país.
É o que diz a historiadora Ynaê Lopes, professora de história da UFF (Universidade Federal Fluminense) e autora dos livros “Racismo brasileiro” e “História da África e do Brasil afrodescendente”.
“A abolição [em 1888], por mais que tenha encerrado uma etapa da história do Brasil, e a gente não pode negar isso, ela não mexe com o racismo. Muito pelo contrário. Depois da abolição, são criados novos mecanismos para manter o racismo funcionando a pleno vapor. E isso não mudou.”
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