‘Reduzir desigualdade é fazer a economia do mais pobre crescer’

Marcelo Roubicek

21 de abril de 2024(atualizado 22/04/2024 às 08h23)

Economista Pedro Fernando Nery fala ao ‘Nexo’ sobre o quadro das disparidades no Brasil. Segundo o autor, os avanços podem parecer lentos, mas devem ser celebrados e usados na defesa da democracia

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FOTO: Nacho Doce/REUTERS - 24.JUN.2016 Garoto negro caminha por uma rua sem asfalto puxando uma mochila com desenhos do Ben 10. Ao fundo, casas pobres.

Garoto em favela no Rio de Janeiro

Boa parte das políticas públicas para reduzir a desigualdade contribui também para o crescimento econômico. É o que disse ao Nexo Pedro Fernando Nery, diretor de assuntos econômicos e sociais da Vice-Presidência da República e professor do IDP (Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa).

Nery lança em abril de 2024 o livro “Extremos: um mapa para entender as desigualdades no Brasil”, pela editora Zahar. Na obra, ele discute as manifestações e impactos das fortes disparidades que marcam a realidade brasileira. Além de ilustrar cada uma delas, Nery propõe reformas para atacar os diferentes problemas.

O livro passa por oito locais espalhados pelo Brasil, destacando em cada um deles um dos extremos brasileiros — da longevidade dos moradores do bairro do Morumbi, em São Paulo, até os índices de baixo desenvolvimento de Ipixuna, município do Amazonas na fronteira com o Acre.

O Nexo falou com Nery sobre as características e impactos das desigualdades brasileiras. Leia abaixo a conversa.

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