Venezuela: os 3 fatores que colocam Maduro em sua hora mais crítica
João Paulo Charleaux
19 de maio de 2016(atualizado 28/12/2023 às 01h52)Derrota no Congresso, crise econômica e isolamento internacional emparedam o chavismo
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Presidente da Venezuela, Nicolas Maduro fala com a imprensa
A combinação de três fatores críticos – na política, na economia e nas relações internacionais – colocaram o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em seu momento mais delicado.
O “socialismo do século 21” de Hugo Chávez (1954-2013), iniciado com sua primeira vitória na eleição presidencial, em 1999, já passou por crises mais agudas, mas elas que acabaram superadas, inclusive com a eleição de Maduro, seu herdeiro político, em 2013. A transfusão desse capital político parece, entretanto, estar se esgotando.
Na quarta-feira (18) milhares de venezuelanos saíram mais uma vez às ruas da capital Caracas para protestar. Foi a terceira vez em uma semana. Os oposicionistas tentavam entregar ao CNE (Conselho Nacional Eleitoral) as assinaturas necessárias para convocar ainda este ano um “ referendo revogatório ” que tire Maduro do poder. Os governistas também protestaram, no mesmo dia e à mesma hora, denunciando o que consideram ser um golpe de Estado.
Os choques entre os manifestantes e com a polícia acontecem num contexto de polarização acirrada, num país onde a falta d’água provoca escassez de energia elétrica e a crise econômica faz desaparecer produtos básicos de consumo. Para piorar, o país – até então protegido por uma rede internacional de solidariedade – está cada vez mais isolado e sob críticas de antigos aliados.
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