Como a internet sonhada por John Barlow deixou de existir
Camilo Rocha
08 de fevereiro de 2018(atualizado 28/12/2023 às 01h53)Ativista digital e letrista do Grateful Dead, morto em 6 de fevereiro, acreditava no potencial transformador da rede
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Para a vasta maioria das pessoas que irão usar o Facebook ou o WhatsApp hoje, o nome do americano John Perry Barlow provavelmente não significa muita coisa. Ativista digital desde os primórdios da internet pública (e letrista da banda Grateful Dead), Barlow morreu na última terça-feira (6).
Ele foi uma figura importante na propagação de duas ideias que hoje parecem bastante desvalorizadas: a importância dos direitos civis na rede e a possibilidade de a internet ser uma ferramenta de mobilização cidadã contra as estruturas tradicionais de poder. Barlow sempre se posicionou contra tentativas de vigilância e censura na rede.
Em dezembro de 1990, o inglês Tim Berners-Lee tornou realidade a “World Wide Web”, o sistema de publicação e acesso a documentos com informações montado em cima da internet. Na estreia, a “rede mundial de computadores” consistia exatamente de “um site e um navegador”, disse Berners-Lee ao jornal britânico The Guardian .
Seis meses antes, Barlow, ao lado do ativista John Gilmore e do empreendedor Mitch Kapor, fundava a EFF (Electronic Frontier Foundation). O trio se preocupava com a movimentação de autoridades policiais americanas que pareciam não entender do que se tratavam as novas formas de comunicação digital.
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