FOTO: ADRIANO MACHADO/REUTERS – 11.FEV.2020

Sergio Moro, como ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro, chega à cerimônia no Palácio do Planalto

Sete anos após a sua deflagração, a Lava Jato sofreu uma de suas maiores derrotas, a partir de uma impugnação apresentada por um dos alvos centrais da operação: Luiz Inácio Lula da Silva. A segunda turma do Supremo Tribunal Federal decidiu na terça-feira (23) que Sergio Moro foi parcial e usou as vias judiciais para perseguir o ex-presidente no caso tríplex de Guarujá, que levou o petista à cadeia por 580 dias e o impediu de disputar as eleições de 2018.

A declaração da suspeição do agora ex-juiz da Lava Jato levou mais de dois anos para sair. Quem regulou esse prazo foi o ministro Gilmar Mendes, ao segurar o julgamento de dezembro de 2018 a março de 2021. Nesse meio tempo, conversas entre Moro e os procuradores da Lava Jato, que indicam um conluio entre eles para a condenação de Lula, foram reveladas pela série de reportagens da Vaza Jato .