Quando romantizar a vida dura de atletas vira um problema
Isadora Rupp
29 de julho de 2021(atualizado 28/12/2023 às 23h16)Apesar de inspiradoras, histórias com foco apenas na superação podem esconder a falta de investimento no esporte de base e propagar a ideia de que basta esforço pessoal para subir ao pódio
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Tatuagem do surfista brasileiro Ítalo Ferreira, medalha de ouro nos Jogos de Tóquio
Medalha de prata na ginástica artística, Rebeca Andrade caminhava duas horas com os irmãos para poder treinar em Guarulhos, região metropolitana de São Paulo, quando sua mãe não tinha dinheiro para a condução dos filhos. Medalha de ouro no surf, Ítalo Ferreira usava tampas da caixa de isopor do pai, pescador, para pegar ondas em Baía Formosa, no Rio Grande do Norte.
As histórias de superação dos atletas brasileiros em Olimpíadas são recorrentes. E têm aparecido nos Jogos de Tóquio. Apesar de inspiradoras, elas trazem um problema: podem esconder a falta de investimento no esporte de base e também propagar a ideia de que basta esforço pessoal para subir ao pódio.
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