G20: o isolamento de Bolsonaro para além do simbolismo

João Paulo Charleaux

01 de novembro de 2021(atualizado 28/12/2023 às 23h34)

Presidente brasileiro tem agenda bilateral pobre e se ausenta de cerimônias no encontro das 20 maiores economias mundiais. Especialistas explicam ao ‘Nexo’ como esse comportamento pode afetar os interesses do Brasil

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FOTO: GUGLIELMO MANGIAPANE/REUTERS – 30.10.2021

Jair Bolsonaro retira a máscara do rosto, com um dos elásticos ainda presos atrás da orelha. Ele aparece com a cabeça levemente abaixada e com expressão de quem tem dificuldade para retirar a máscara. Atrás dele, há uma coleção de bandeiras nacionais, dos países que participam do G20

Jair Bolsonaro em Roma, durante o encontro do G20

O presidente Jair Bolsonaro ficou isolado no encontro de cúpula do G20, realizado neste sábado (30) e domingo (31), em Roma, na Itália. Em um evento feito para promover o diálogo e a interação pessoal, Bolsonaro falou com poucos outros líderes internacionais e esteve ausente de parte da agenda e de fotos oficiais.

A cúpula do G20, que reúne as maiores economias do globo, é um dos fóruns internacionais mais representativos e relevantes do mundo. O isolamento de Bolsonaro nesse contexto mostra o desinteresse dos demais líderes mundiais em associar a própria imagem a um líder de extrema direita cujo governo é marcado por ataques à democracia, aos direitos humanos e ao meio ambiente, na contramão do espírito da própria cúpula. Além disso, esse isolamento mostra uma postura deliberada dele mesmo.

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