Expresso

O efeito de uma oposição extrema em comissões da Câmara

Leonardo Rodrigues

14 de março de 2024(atualizado 14/03/2024 às 22h52)

Caroline de Toni e Nikolas Ferreira comandam os colegiados de Constituição e Justiça e de Educação. Cientistas políticos avaliam ao ‘Nexo’ como eles podem impactar os trabalhos do Legislativo

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FOTO: Bruno Spada/Câmara dos DeputadosO deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) em sessão na Câmara dos Deputados. Ele presidirá a Comissão de Educação da casa em 2024

O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) em sessão na Câmara dos Deputados. Ele presidirá a Comissão de Educação da casa em 2024

Os deputados Caroline de Toni (PL-SC) e Nikolas Ferreira (PL-MG) foram eleitos, respectivamente, para as presidências das comissões de Constituição e Justiça e de Educação da Câmara. Ambos são políticos de extrema direita — apoiadores ferrenhos do ex-presidente Jair Bolsonaro — que chegaram à função após um acordo firmado entre os partidos que levou o PL, maior bancada da casa, a ocupar comandos estratégicos durante o ano de 2024. 

Em 2023, a CCJ foi presidida pelo petista Rui Falcão (SP), enquanto a Comissão de Educação teve o comando de Moses Rodrigues (União-CE), um integrante do chamado centrão – grupo de partidos comumente associado ao fisiologismo, que se mantém na órbita do governo, independentemente de quem seja o governante.

Na terça-feira (12), Toni inaugurou seu mandato pautando propostas de endurecimento de punições para crimes — uma das bandeiras da oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva — apresentadas por integrantes da Frente Parlamentar de Segurança Pública. Já na quarta-feira (13), na primeira sessão chefiada por Ferreira, a Comissão de Educação aprovou um convite para que o ministro da área, Camilo Santana, dê explicações ao colegiado sobre os projetos da pasta.

Em março de 2021, a bolsonarista Bia Kicis (DF), então no extinto PSL, chegou ao comando da CCJ. Ainda que a agenda do grupo político não tenha ido adiante durante seu mandato, Kicis pautou e viu ser aprovado pelo colegiado um projeto para regulamentar a educação domiciliar no país — uma bandeira da extrema direita. O projeto foi então ao plenário da Câmara, onde também foi aprovado, e desde então está sob análise do Senado. 

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