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O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira (22) um parecer que recomenda censura verbal contra o deputado federal Coronel Tadeu (PSL-SP).

Em 2019, Tadeu destruiu uma peça de exposição em homenagem ao Dia da Consciência Negra, que trazia uma charge do cartunista Carlos Latuff e um texto com dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) sobre a violência policial contra jovens negros. A imagem retratava um homem negro algemado, assassinado por um policial, e era acompanhada do título “O genocídio da população negra”.

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À época, o parlamentar pediu desculpas por “ter se excedido”, mas justificou sua atitude, dizendo que a placa “direcionava o entendimento de que policiais só matam negros”. O PT entrou com uma representação contra o deputado por quebra de decoro parlamentar e ato de racismo.

O relator do processo, deputado João Marcelo Souza (MDB-MA), recomendou como punição a censura verbal pela falta de decoro, escrevendo que a “Casa não deve tolerar comportamentos descomedidos e reações imoderadas de seus membros”. Mas disse não haver nos autos “quaisquer elementos aptos a comprovar” a alegação de racismo.

O parecer foi aprovado por 12 votos a favor e 5 contrários. Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, antes da votação, o deputado Léo de Brito (PT-AC) disse que a punição não era proporcional ao ato , e defendeu que Tadeu tivesse seu mandato suspenso.

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