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Jacarezinho: laudos mostram tiros nas costas e à queima-roupa

Da Redação

23 de junho de 2021(atualizado 28/12/2023 às 23h12)

Análises de médicos legistas apontam sinais de execução na maior chacina da história do Rio de Janeiro, ocorrida em 6 de maio

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FOTO: AMANDA PEROBELLI/REUTERS – 08.05.2021

Está de noite, várias velas estão acesas no chão, enquanto algumas pessoas as colocam no chão

Pessoas acendem velas durante protesto contra a violência policial, em São Paulo

Quatro das 27 vítimas da chacina do Jacarezinho foram mortas pela Polícia Civil do Rio de Janeiro com tiros pelas costas . É o que mostram os laudos de necropsia elaborados por médicos legistas do Instituto Médico Legal (IML) e obtidos por veículos de imprensa na terça-feira (22). Os laudos também apontaram que uma outra vítima foi morta com tiro à queima-roupa – comum em casos de execução.

A chacina do Jacarezinho, que ocorreu em 6 de maio de 2021, foi a operação mais letal da história do Rio de Janeiro. A invasão da comunidade da zona norte carioca pela Polícia Civil acabou com 28 pessoas mortas, uma delas um policial.

O policial foi morto por um tiro logo no início da operação. Em seguida, ocorreram as mortes dentro da comunidade. As famílias das vítimas acusam a polícia de execução e de ter agido por vingança. A polícia nega, e diz que as mortes foram resultado de confrontos e trocas de tiros.

Segundo a polícia, o objetivo era cumprir mandados contra uma rede de tráfico de drogas que incluiria adolescentes menores de 18 anos. Havia 21 mandados de prisão provisória. Entre os procurados, três acabaram mortos e apenas três foram presos. Outras três pessoas foram detidas em flagrante, por circunstâncias ocorridas durante a operação.

Além das acusações de execução, há também relatos de agressão e tortura por policiais durante o massacre do Jacarezinho. No final de maio, o portal UOL divulgou trechos de vídeos da audiência de custódia de quatro dos seis homens que foram presos na operação, ocorrida dias após a operação policial. Ao menos dois presos dizem ter apanhado para carregar corpos de vítimas . Todos dizem ter sido alvo de violência e agressões.

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