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Gigante chinesa da internet vai limitar uso de games por crianças

Da Redação

08 de julho de 2021(atualizado 28/12/2023 às 23h13)

Tencent usará sistema de reconhecimento facial para proibir jogos após as 22h. Iniciativa é parte de debate mais amplo no país

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FOTO: REPRODUÇÃO/NEWZOO

Jogador participa de partida de "League of Legends"

Jogador participa de partida de “League of Legends”

A empresa chinesa Tencent, dona do estúdio de games Riot (do jogo “League of Legends”) vai restringir o uso de games por crianças durante a noite. O anúncio foi feito na quarta-feira (7). A Tencent é uma das principais empresas do ramo de tecnologia e internet na China, e considerada líder mundial na indústria de jogos eletrônicos.

A restrição será possível a partir de um sistema de reconhecimento facial. Se o jogador exceder um determinado número de horas — não divulgado pela empresa — após as 22h, o jogo vai enviar uma notificação solicitando o uso do novo programa de escaneamento da face. Caso a câmera reconheça que se trata de alguém com menos de 18 anos, o game será interrompido até o dia seguinte.

A empresa não esclareceu o que pode acontecer se, por exemplo, um adulto for reconhecido erroneamente como uma pessoa menor de idade. A medida é limitada ao território chinês.Em 2018, a Tencent já tinha feito um teste limitado da restrição no jogo “Honor of Kings”.

A presença excessiva de crianças e adolescentes nos games é parte de um debate mais amplo na China. Defensores de medidas similares dizem que jogos eletrônicos em excesso comprometem o desempenho escolar dos jovens e pode causar problemas oftalmológicos. Por outro lado, críticos apontam que há uma ampla oferta de games para celular que não exigem estar online para jogar, o que impossibilita a fiscalização. Ainda afirmam que a televisão, os celulares e os tablets podem causar problemas oftalmológicos, que não são exclusivamente ligados aos games.

Pesquisas apontam que o hábito de jogar videogames não compromete o desempenho escolar, pelo contrário. Em 2016, um estudo da Universidade Columbia, nos Estados Unidos, analisou desempenho escolar, uso de jogos e comportamento de 3.195 crianças europeias de 6 a 11 anos. A pesquisa concluiu que as crianças que jogavam videogames tinham duas vezes mais chances de ir melhor na escola e uma de ter maior capacidade intelectual.

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