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Condenados por destruir provas do caso Marielle são soltos

Da Redação

17 de julho de 2021(atualizado 28/12/2023 às 23h14)

Soltura acontece na mesma semana em que um novo procurador assume as investigações do assassinato da vereadora e de Anderson Gomes

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FOTO: PILAR OLIVARES/REUTERS

Foto de Marielle durante ato em março de 2018, do lado de fora da Câmara dos Vereadores do Rio

Foto de Marielle durante ato em março de 2018, do lado de fora da Câmara dos Vereadores do Rio

Elaine Lessa, Márcio Montavano, Bruno Figueiredo e Josinaldo Freitas foram soltos pela Justiça do Rio de Janeiro na sexta-feira (16), menos de uma semana depois de serem condenados pela destruição de provas do assassinato de Marielle Franco . Elaine, que é esposa do policial Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora e o motorista Anderson Gomes, voltou a ser presa neste domingo (18)por tráfico internacional de armas. Ronnie também foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão pela destruição de provas e no domingo também teve uma nova prisão decretada pela Justiça Federal junto com Elaine, mas permance cumprindo pena na penitenciária de segurança máxima de Porto Velho, já que responde também pelo assassinato de Marielle.

Já os outros três envolvidos tiveram as penas em regime fechado convertidas em penas de direitos restritivos. Eles prestarão serviços à comunidade e terão que passar cinco horas diárias, aos sábados e domingos, em umainstituição definida pela Vara de Execuções Penais.

Informações do Tribunal de Justiça apontam que os quatro condenados soltos no sábado realizaram uma operação em março de 2019 para retirar e destruir armas de Ronnie, guardadas em um apartamento na zona oeste do Rio. Dias depois, apontam as investigações, as armas foram descartadas no mar , em um ponto próximo ao Arquipélago dasIlhas Tijucas. É possível que entre essas armas estivesse a submetralhadora que matou Marielle e Anderson.

A soltura aconteceu na mesma semana em que o promotor Bruno Gangoni assume temporariamente as investigações pelos assassinatos. O anúncio foi feito pelo Ministério Público do Rio de Janeiro no sábado (17). Gangoni assume o lugar das promotoras Simone Sibílio e Letícia Emile, que estavam no caso desde 2018 mas pediram para deixá-lo há uma semana. A dupla saiu por divergir da condução das investigações e apontou riscos de interferência externa.

Embora tenha lamentado a saída das promotoras durante a semana, Anielle Franco, irmã de Marille, se mostrou otimista com a escolha de Gangoni para assumir o caso.Ficamos com mais confiança por saber que é alguém que já estava acompanhando desde o início, acredito que ele tenha assumido até por isso, afirmou em entrevista à CNN . Marielle Franco foi assassinada em 14 de março de 2018. Até hoje, os investigadores ainda não chegaram aos mandantes do crime.

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