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TSE agora mira Bolsonaro por vazamento de inquérito

Da Redação

09 de agosto de 2021(atualizado 28/12/2023 às 23h17)

Tribunal eleitoral enviou ao Supremo mais um pedido de investigação, desta vez pelo fato de o presidente ter divulgado na internet a íntegra de uma apuração sigilosa da Polícia Federal

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FOTO: UESLEI MARCELINO/REUTERS – 10.MAR.2021

No primeiro plano, há uma grade. A imagem, tirada de baixo, mostra Bolsonaro no segundo plano, com apenas a cabeça sobre a grade

Jair Bolsonaro em frente ao Palácio da Alvorada

O Tribunal Superior Eleitoral enviou uma notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal nesta segunda-feira (9) contra Jair Bolsonaro, pedindo a apuração do vazamento de um inquérito sigiloso.Em 4 de agosto, o presidente divulgou em redes sociais a íntegra de um inquérito da Polícia Federal que está sob segredo de Justiça. Trata-se de uma apuração sobre um ataque de hackers ao sistema do TSE em 2018.

Além de Bolsonaro, a notícia-crime tem como alvos o responsável na Polícia Federal pelas investigações — delegado Victor Neves Feitosa Campos — e o deputado federal Filipe Barros (PSL-PR), que divulgou junto com o presidente informações sobre os autos em entrevista ao programa “Os Pingos nos Is”, da rádio Jovem Pan.

De acordo com o site, a notícia-crime será analisada dentro do inquérito das fake news, que apura a divulgação de notícias falsas na internet e ataques às urnas eletrônicas e a ministros do Supremo. O relator do caso,Alexandre de Moraes, já tinha colocado Bolsonaro como investigado nesse inquérito após a série de ataques sem provas do presidente ao sistema eleitoral brasileiro.

A investigação do ataque hacker ao TSE foi usada por Bolsonaro para tentar mostrar supostos indícios de fraude nas eleições — mas não é isso que o inquérito, ainda não concluído pela Polícia Federal, revela. Na entrevista à Jovem Pan, Bolsonaro e o deputado Filipe Barros disseram que hackers tiveram acesso ao código-fonte das urnas eletrônicas, dando a entender que isso seria uma ameaça aos resultados das eleições. O código-fonte das urnas, no entanto, é público e ter acesso a ele, como os partidos políticos têm, não permite invadir o sistema nem alterar nenhuma votação.

Além do inquérito das fake news, Bolsonaro é investigado em outras duas frentes no Supremo. O presidente é suspeito de interferência política na Polícia Federal e de prevaricação no caso Covaxin, envolvendo negociações para a compra da vacina indiana contra a covid-19.

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