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STF manda investigar Bolsonaro por vazamento de inquérito

Da Redação

12 de agosto de 2021(atualizado 28/12/2023 às 23h17)

Presidente divulgou nas redes sociais informações sigilosas de apuração da Polícia Federal sobre urna eletrônica. Decisão do ministro Alexandre de Moraes acolhe notícia-crime feita pelo Tribunal Superior Eleitoral

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FOTO: CARLOS MOURA/SCO/STF

Alexandre de Moraes de terno, gravata e túnica fala em frente a um microfone

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, durante sessão no tribunal, em Brasília

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes abriu nesta quinta-feira (12) um inquérito contra o presidente Jair Bolsonaro pelo vazamento de informações sigilosas de uma investigação da Polícia Federal sobre um suposto ataque hacker às urnas eletrônicas em 2018.

A decisão também determina a investigação do deputado federal Filipe Barros (PSL-PR) e do delegado federal Victor Neves Feitosa Campos. Moraes acolheu notícia-crime do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) feita na segunda-feira (9). A decisão completa pode ser lida no portal Jota. Ao comentar a medida em transmissão nas redes sociais na quinta (12), o presidente chamou a atitude de Moraes de “truculenta” e disse que considera que as informações da PF são de “interesse público”.

A investigação aberta pelo Supremo se refere a postagens de Bolsonaro nas redes sociais feitas no dia 4 de agosto, quando o presidente divulgou peças com dados sigilosos do inquérito que investiga suposta invasão ao TSE. Sem provas, ele tem atacado repetidamente as urnas em defesa do voto impresso . De acordo com o TSE, o suposto ataque apurado pela Polícia Federal não representou risco às eleições.

Se confirmado, o vazamento pode configurar crime de divulgação de segredo com potencial prejuízo para a administração pública. Segundo Moraes, os dados não poderiam ser divulgados sem autorização da Justiça.Além de abrir novo inquérito, Moraes determinou o afastamento do delegado Campos do comando das investigações sobre o ataque ao TSE e pediu que as plataformas Facebook, Twitter, Telegram, Linode e Bitly retirem do ar as publicações com dados sigilosos.

A notícia-crime do TSE sugere ainda que o caso pode ter relação com o inquérito das fake news , no qual Bolsonaro também é investigado e do qual Moraes é relator. O presidente é alvo de mais dois inquéritos criminais no Supremo: por suposta interferência na Polícia Federal e por suspeita de prevaricação no caso Covaxin.

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