FOTO: AMANDA PEROBELLI – 08.10.2020/REUTERS

A taxa de desemprego ficou em de 13,7% no trimestre encerrado em julho, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (30). O índice representa queda em relação aos 14,7% registrados no trimestre encerrado em abril de 2021 –o desemprego está 4,6% menor do que o medido no período, e 7,3% maior quando comparado ao trimestre encerrado em julho de 2020. Ao todo, 14,1 milhões de pessoas estão desocupadas no país.

O CAMINHO DO DESEMPREGO

Segundo o IBGE, houve aumento no emprego com carteira assinada no setor privado e nos postos de trabalho informais – esses últimos representam 40,8% do mercado de trabalho. Outra frente de crescimento foi o trabalho doméstico, que aumentou 7,7% no trimestre até julho, somando 5,3 milhões de pessoas.

Apesar disso, o rendimento médio dos trabalhadores não acompanhou o crescimento na ocupação. Houve um recuo de 2,9% no rendimento médio real da população ocupada frente ao trimestre encerrado em abril.“Temos mais pessoas ocupadas, no entanto, com rendimentos menores. Isso faz com que a massa de rendimentos fique estável”, disse Adriana Bereguy, analista do IBGE, em nota oficial. Segundo ela, a população ocupada está recebendo rendimentos menores tanto na comparação trimestral quanto na anual.

Os resultados fazem parte da Pnad Contínua, principal pesquisa que capta o desemprego no Brasil, que traz dados até 2012. A Pnad Contínua é divulgada todos os meses, e entrevista em torno de 211 mil domicílios de todo o território nacional, levando em conta localização e classe social.

Continue no tema

• Ensaio: Faces da precarização do trabalho
• Quiz : O que você sabe sobre a inflação brasileira?
• Expresso : As perspectivas depois do PIB frustrante