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Professor de história que usou roupa de Ku Klux Klan é afastado

Da Redação

21 de dezembro de 2021(atualizado 28/12/2023 às 23h34)

Alunos reagiram à fantasia do docente em referência ao grupo defensor da supremacia branca, durante desfile organizado por colégio estadual de Santo André

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FOTO: REPRODUÇÃO

No pátio escolhar, pessoa circula com roupa branca e capuz em formato cônico

Professor de escola estadual de Santo André (SP) se veste como um integrante da organização supremacista KKK em dia de desfile escolar

A Secretaria Estadual da Educação de São Paulo informou nesta terça-feira (21) que afastou o professor de história da Escola Estadual Amaral Wagner, em Santo André (SP), que compareceu no dia 9 de dezembro a um desfile de fantasias do colégio vestido com roupas semelhantes às do grupo supremacista Ku Klux Klan. Por enquanto, o afastamento está determinado até o término da apuração preliminar que foi aberta sobre o caso.

A atitude do professor gerou revolta dos alunos e o vídeo dele no pátio da escola viralizou nas redes sociais nesta segunda-feira (20). Em nota, o Grêmio Estudantil e a Atlética da instituição informaram que o homem foi vaiado pelos presentes, retirado da quadra pelos estudantes e encaminhado para a direção, onde prestou esclarecimentos.

O diretor da escola também se retratou sobre o ocorrido. Disse em nota não compactuar “com nenhuma manifestação de incitação a discurso de ódio ou permitir a apologia de segregação a qualquer tipo grupo étnico, crença, gênero ou classe social” e afirmou que “o professor reconheceu que sua ação foi infeliz ao usar a vestimenta”. Também disse que a direção irá introduzir temas de “ações antirracistas” de forma gradual e contínua, “levando assim professores, alunos, funcionários e a comunidade em geral a refletir e criar ações que visem a construção de uma sociedade inclutora e alicerçada na ética humana”.

A Secretaria de Educação afirmou que “não admite qualquer forma de discriminação e injúria racial” e informou que a Diretoria de Ensino de Santo André formou uma “comissão inter-racial para averiguar os fatos”.

Parlamentares estaduais se manifestaram sobre o caso, pedindo a responsabilização do professor. Um protesto em frente à escola está sendo planejado nas redes sociais para a tarde de quarta-feira (22).

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