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Servidores federais anunciam paralisação por reajuste salarial

Da Redação

29 de dezembro de 2021(atualizado 28/12/2023 às 23h35)

Categorias querem garantir, a exemplo da Polícia Federal, aumento em 2022. Greves também são cogitadas para fevereiro

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FOTO: TÂNIA RÊGO /AGÊNCIA BRASIL

Policiais federais em treinamento com drones no Rio de Janeiro

Policiais federais em treinamento com drones no Rio de Janeiro

Após reunião nesta quarta-feira (29), diversas categorias do serviço público federal vinculadas aoFonacate (Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado), decidiram fazer paralisações em janeiro de 2022 para pressionar por reajuste salarial; também não está descartada greve geral em fevereiro, dependendo do acordo com o governo federal. A Fonacate reúne 37 associações e sindicatos de carreiras do estado, 30 delas do serviço público federal, como a CGU (Controladoria-Geral da União), diplomatas, analista de comércio exterior, Tesouro Nacional, Receita Federal, auditores do trabalho e peritos federais.

A estratégia da entidade é conseguir o reajuste nas primeiras duas semanas de janeiro; para isso, cargos de chefia deverão ser entregues pelos servidores, aumentando a pressão, pois o abandono dessas funções acaba comprometendo a prestação de serviços públicos, s egundo o jornal Folha de S. Paulo . O Fonacate tem cerca de 200 mil servidores públicos associados. Caso as tratativas não funcionem, uma paralisação está programada para o dia 18 de janeiro e, posteriormente, entre 25 e 26 de janeiro de 2022. Os servidores não descartam greve geral em fevereiro caso as demandas não sejam atendidas pelo governo.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) se complicou com os servidores públicos faltando menos de um ano para as eleições em 2022. As ameaças do funcionalismo são uma resposta direta ao mandatário, que trabalhou para dar reajuste aos policiais federais, policiais rodoviários federais e agentes penitenciários no sistema nacional, recurso garantido com a aprovação do Orçamento 2022 pelo Congresso Nacional em 21 de dezembro. Os parlamentares reservaram R$ 1,7 bilhão para os aumentos. No dia 24, Bolsonaro declarou que os reajustes ainda não estão definidos e que ele vai decidir a distribuição da verba nas próximas semanas.

Desgostosos com a atitude de Bolsonaro, a elite do funcionalismo não quis ficar de fora. Caso a negociação com pressão de paralisação e greves não tenha o efeito esperado (de aumento salarial generalizado), algumas categorias também cogitam acionar a Justiça para conseguir o reajuste semelhante ao dos policiais. Para especialistas ouvidos pelo Nexo , a discussão do aumento aos servidores da elite do funcionalismo público não é razoável neste momento, com milhões de pessoas em vulnerabilidade social no país.

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