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Militar mata vizinho negro e diz tê-lo confundido com assaltante

Da Redação

03 de fevereiro de 2022(atualizado 28/12/2023 às 22h20)

Sargento da Marinha que vive em condomínio em São Gonçalo, no Rio, afirmou à polícia que atirou ao ver homem se aproximar de seu veículo quando chegava em casa. Viúva vê racismo

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FOTO: REPRODUÇÃO/FACEBOOK

Homem negro, careca, com camiseta cinza, sorri para a foto. Ele está sentado à mesa, em um espaço que parece ser o de uma festa infantil.

Durval Teófilo Filho, homem assassinado por vizinho em São Gonçalo (RJ)

O sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra foi preso em flagrante após matar um vizinho com três tiros na barriga na noite de quarta-feira (3) em um condomínio em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Durval Teófilo Filho, funcionário de um supermercado, chegava em casa quando o militar atirou.

Segundo a versão do sargento dada à Polícia Militar, ele também chegava em casa quando viu Durval se aproximar de seu veículo “muito rápido”. “A localidade é perigosa e costuma ter muitos assaltos”, disse. O crime foi registrado por câmeras de segurança.

Depois dos disparos, Bezerra se aproximou de Durval e viu que ele não estava armado. Ferido, a vítima disse que também morava no condomínio. O militar então o socorreu o vizinho, levando-o levou a um hospital. O militar então foi preso. Durval não resistiu.

Luziane Teófilo, esposa de Durval, disse que ouviu os tiros. “Tenho certeza de que isso aconteceu porque ele é preto ”, afirmou ao portal G1. Amigos da vítima também acusaram o sargento de racismo. Em entrevista ao jornal Extra, a viúva disse que ainda não contou à filha Letícia, de 7 anos, sobre a morte do pai.

A prisão de Bezerra foi feita por policiais da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo. O delegado Mario Lamblet afirmou ao portal UOL que o sargento não pagou fiança e deve ser encaminhado à audiência de custódia, onde a Justiça decidirá se mantém ou não a prisão.

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