Xangai impõe lockdown para conter disparada de covid-19
Da Redação
28 de março de 2022(atualizado 28/12/2023 às 22h25)Restrição será feita em dois estágios para os 26 milhões de habitantes. Confinamento de grandes cidades chinesas levanta temores pelos potenciais efeitos na economia mundial
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Homem caminha em Xangai, na China, no dia 28 de março de 2022
A cidade de Xangai, o centro financeiro da China, iniciou nesta segunda-feira (28) um lockdown de dois estágios para seus 26 milhões de habitantes, com o fechamento depontes e túneis e restrição do tráfego rodoviário. A medida é uma tentativa de conter o aumento dos casos de covid-19: embora baixo para os padrões mundiais, a cidade registrou um recorde de 3.450 casos assintomáticos da doença no domingo (28). O número representa quase 70% de todos os casos do país.
Durante nove dias, Xangai será dividida em duas ao longo do rio Huangpu, com revezamento entre moradores a leste e a oeste para testagem em massa. Segundo a equipe de especialistas em covid-19 da cidade, testes realizados na população recentemente encontraram infecções de “grande escala”, o que desencadeou uma resposta mais forte das autoridades, que até então negavam que a cidade entraria em isolamento.
Moradores de Xangai disseram à agência de notícias Reuters que os supermercados estão com poucos suprimentos e os serviços de entrega estão sobrecarregados, e reclamaram da falta de mantimentos, como vegetais, que estão difíceis de encontrar.
Com a decretação do lockdown, a montadora americana Tesla suspendeu a produção em sua fábrica em Xangai por quatro dias, segundo notificação da empresa as trabalhadores e fornecedores. Inicialmente, a fábrica tentou criar um circuito fechado para continuar a produção. Mas, diante dos relatos sobre a escassez de mantimentos, resolveu liberar os trabalhadores.
A fábrica em Xangai produz carros para o mercado chinês e também é um importante centro de exportação para a Alemanha e o Japão. Em fevereiro, a unidade entregou 56.515 veículos, sendo 33.315 para exportação.
A China é um dos poucos países que ainda insiste na política de ” covid zero “em seu território, mas recentemente recuou na rigidez do confinamento na cidade de Shenzhen, polo de tecnologia, para minimizar os impactos econômicos. Uma possível desaceleração do crescimento chinês devido às restrições da covid levanta preocupações pelos potenciais efeitos na economia mundial .
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