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Brasil tem 1,5 milhão de motoristas e entregadores de app

Da Redação

10 de maio de 2022(atualizado 28/12/2023 às 22h29)

Mais de 60% trabalham com transporte de pessoas, 20,9% fazem delivery em motocicletas e 14,4% são mototaxistas, segundo Ipea. Estudos mostram que grupo trabalha sob condições inadequadas

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FOTO: NACHO DOCE/REUTERS

Celular em painel de carro. Pelo vidro, atrás do aparelho, é possível ver um homem limpando a janela do carro.

Celular em painel de carro mostra tela da plataforma Uber

Cerca de 1,5 milhão de trabalhadores brasileiros estavam em atividade no setor de transporte de passageiros e de mercadorias no fim de 2021, segundo dados publicados nesta terça-feira (10) pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

O grupo faz parte da chamada gig economy, expressão que descreve as relações de trabalho dentro de empresas que contratam mão de obra para realizar serviços esporádicos e sem vínculo empregatício (como freelancers e autônomos), principalmente por meio de aplicativos.

Entre 1,5 milhão de trabalhadores inseridos nesse modelo em 2021, 61,2% eram motoristas de aplicativo e taxistas, 20,9% entregavam mercadorias usando motocicletas, 14,4% trabalhavam como mototaxistas e os outros faziam entregas usando outros meios de transporte, segundo o Ipea.

O estudo avalia dados de 2016 a 2021. Nesse período, a quantidade de entregadores de mercadorias com motocicleta cresceu de 25 mil para 322 mil no país. Já o número de motoristas de aplicativo e taxistas em 2021 estava 16% menor do que em 2019, no período pré-pandemia.

R$ 1.900

era o rendimento médio de motoristas de aplicativo e taxistas em 2021, segundo o Ipea; o valor é maior que o observado em 2020, mas menor que o de 2016, quando eles recebiam em média R$ 2.700

R$ 1.500

é quanto ganham, em média, entregadores de mercadorias via moto; valores superam os de 2016, segundo o Ipea

R$ 1.000

é quanto recebem, em média, mototaxistas, segundo o Ipea; esse é o único subgrupo com rendimentos abaixo do salário mínimo, que hoje é de R$ 1.212

Relatório publicado em 2022 pela iniciativa Fairwork mostrou que aplicativos de entrega e transporte no Brasil não oferecem condições adequadas de trabalho a entregadores e motoristas, que se queixam de falta de contratos claros e remuneração justa.

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