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Amazônia tem maior número de queimadas em junho desde 2007

Da Redação

01 de julho de 2022(atualizado 28/12/2023 às 22h35)

Dados divulgados pelo INPE apontam 2.562 focos de incêndio no sexto mês deste ano, o que representa uma alta de 11% na comparação com maio

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FOTO: FABIO TEIXEIRA/REUTERS – 10/09/2019

Queimada realizada na região amazônica

Queimada realizada na região amazônica

A Amazônia teve 2.562 focos de incêndio ao longo do mês de junho de 2022, segundo dados divulgados pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) nesta sexta-feira (1º) através do Programa Queimadas . Esse é o maior número para o mês desde 2007, quando foram contabilizados 3.519 focos de incêndio.

Na comparação com o mês de maio deste ano, junho teve alta de 11%. De 2008 a 2019, a quantidade de queimadas no sexto mês do ano ficou sempre abaixo de 2.000. Ao longo do mandato do presidente Jair Bolsonaro, o número de focos de incêndio teve um aumento crescente na análise do período e voltou a ultrapassar os dois milhares.

Queimadas na Amazônia em junho (INPE)

  • 2019: 1.880 focos
  • 2020: 2.248 focos
  • 2021: 2.305 focos
  • 2022: 2.562 focos

O recorde para o mês é de 9.179 focos, registrado em 2004. Essa época do ano é naturalmente mais propícia ao aumento de queimadas por conta do clima seco do inverno na região. No entanto, há também a incidência de focos de incêndio criminosos para prática de atividades ilegais na Amazônia, como a grilagem de terras para a ocupação de áreas proibidas para agricultura.

As queimadas causadas pela ação desses criminosos aliada à falta de fiscalização das autoridades trazem danos ao bioma amazônico. Segundo o Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), o desmatamento na Amazônia bateu um recorde de 1.476 km² em maio.

O problemas na região amazônica não se limitam aos crimes ambientais. O 16º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública na terça-feira (28), mostra que a taxa de violência letal na região da Amazônia Legal é 38% superior à média nacional. A repercussão do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips chamou a atenção da opinião pública para este problema.

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