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Desemprego cai para 8,9% em agosto e é o menor desde 2015

Da Redação

30 de setembro de 2022(atualizado 28/12/2023 às 22h44)

Rendimento cresceu em relação ao trimestre anterior e chegou a R$ 2.713. Dados do IBGE também mostram recorde de trabalhadores sem carteira assinada

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FOTO: ARQUIVO/AGÊNCIA BRASIL

Imagem de uma carteira profissional: duas mãos abrem a carteira e seguram uma caneta

Pessoa abre carteira de trabalho

A taxa de desemprego no Brasil no trimestre encerrado em agosto ficou em 8,9% , a menor desde julho de 2015, quando foram registrados 8,7%. No entanto, a quantidade de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado bateu recorde (13,2 milhões). Esses dados, que fazem parte da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (30).

O resultado do trimestre encerrado em agosto também significa uma queda de 0,9 ponto percentual em relação aos três meses imediatamente anteriores, março a maio de 2022 (9,8%), e uma redução de 4,2 pontos percentuais na comparação com o mesmo período de 2021. “O mercado de trabalho segue a tendência demonstrada no mês passado, continuando o fluxo que ocorre ao longo do ano, de recuperação”, analisa a coordenadora da Pnad, Adriana Berenguy. A retomada da economia após a diminuição dos danos que vinham sendo causados pela pandemia de covid-19 tem uma grande contribuição para esse cenário.

Apesar disso, em números absolutos, o desemprego ainda atinge 9,7 milhões de brasileiros. Esse dado só leva em consideração cidadãos que fazem parte da força de trabalho, que se refere somente a pessoas de 14 anos ou mais, aptas a trabalhar e que estão trabalhando ou procurando emprego. Segundo o IBGE, há 64,6 milhões de brasileiros fora da força de trabalho.

A quantidade de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado é a maior desde o início da série histórica em 2012. Além disso, uma fatia de 39,7% da população ocupada se encontra na informalidade , o que corresponde a 39,3 milhões de brasileiros. Além dos trabalhadores sem carteira no setor privado, estão inclusos nessa categoria as pessoas nas seguintes situações:

  • Emprego por conta própria sem CNPJ registrado. É o caso dos motoristas e entregadores de aplicativos
  • Emprego doméstico sem carteira de trabalho
  • Emprego como familiar auxiliar, que ocorre quando a pessoa trabalha ajudando parentes na profissão, sem vínculo formal
  • Trabalho como empregador sem CNPJ registrado, como é o caso de microempreendedores não registrados que contratam auxiliares (pedreiros ou ambulantes, por exemplo)

Essas vagas informais são mais vulneráveis e geralmente com remuneração mais baixa. No entanto, apesar de a informalidade continuar alta, o rendimento real habitual cresceu 3,1% em relação ao trimestre anterior, chegando a R$ 2.713. Ele se refere à média que o trabalhador recebe habitualmente por todos os trabalhos.

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