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Empresários bancam atos golpistas, dizem procuradores

Da Redação

08 de novembro de 2022(atualizado 28/12/2023 às 22h48)

Chefes dos Ministérios Públicos Estaduais de São Paulo, Santa Catarina e Espírito Santo apresentam resultado de investigações preliminares ao ministro Alexandre de Moraes

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FOTO: ROOSEVELT CASSIO/REUTERS – 31.OUT.2022

Dois caminhões, um deles com a imagem de Jesus, vistos de costas, bloqueiam estrada. Atrás, há uma ponte onde pessoas seguram uma bandeira do Brasil que também tem o rosto de Jair Bolsonaro.

Apoiadores de Jair Bolsonaro bloqueiam trecho da rodovia Presidente Dutra em Jacareí (SP)

As manifestações pelo Brasil que bloquearam estradas e agora se concentram em frente a quartéis para pedir uma intervenção militar têm apoio de empresários , segundo procuradores-gerais de Justiça de três estados que se reuniram nesta terça-feira (8) com Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral e relator de inquéritos criminais no Supremo que investigam bolsonaristas radicalizados.

Chefes dos ministérios públicos estaduais de São Paulo, Santa Catarina e Espírito Santo levantaram informações sobre quem está dando sustentação aos manifestantes que não aceitam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, sobre Jair Bolsonaro, do PL, no segundo turno das eleições de 2022 a pedido do próprio Moraes.

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, Mario Luiz Sarrubbo, procurador-geral de Justiça de São Paulo, disse que os empresários bancam transporte e financiam os manifestantes por depósitos via Pix . O procurador-geral afirmou já ter nomes de empresários.

“É um financiamento que começou com o bloqueio de estradas, depois eles se movimentaram, foram para frente de quartéis e, a partir daí, estamos entendendo esse fluxo de pessoas, que podem responder na esfera criminal”

Mario Luiz Sarrubbo

procurador-geral de Justiça de São Paulo, segundo o jornal Folha de S.Paulo

Ao financiarem as manifestações, que vêm ocorrendo desde o dia posterior à vitória de Lula sobre Bolsonaro nas urnas, em votação no dia 30 de outubro, os empresários podem ser alvo de indiciamento por crimes de ameaça ao Estado Democrático de Direito. As investigações locais promovidas pelos procuradores-gerais de Justiça ocorreram após uma ordem de Moraes.

Lula, petista que já governou o Brasil entre 2003 e 2010, venceu o atual presidente por uma margem apertada: 51% a 49%. Os bolsonaristas falam em fraude nas urnas sem apresentar provas. Os protestos se espalharam por quase todos os estados brasileiros, comando quase mil bloqueios em vias, sob complacência da Polícia Rodoviária Federal, comandada por Silvinei Vasques, ligado à família de Bolsonaro. A política só agiu depois de uma ordem expressa de Moraes.

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