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Ministério decreta emergência de saúde em terra Yanomami

Da Redação

21 de janeiro de 2023(atualizado 28/12/2023 às 21h24)

Equipes da Saúde resgataram crianças com malária e quadro de desnutrição grave na maior reserva indígena do país. Presidente Lula e ministros viajaram ao local

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FOTO: BRUNO KELLY/REUTERS – 17.ABR.2016

Indígena Yanomami acompanha agentes do Ibama durante operação contra garimpo ilegal na floresta amazônica

Indígena Yanomami acompanha agentes do Ibama durante operação contra garimpo ilegal na floresta amazônica

O Ministério da Saúde decretou emergência de saúde pública na terra Yanomami, maior reserva indígena do Brasil. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União na sexta-feira (20). A medida foi tomada após equipes da pasta resgatarem do local pelo menos oito crianças em estado grave. O grupo também encontrou bebês e idosos com malária, quadros de desnutrição severa e infecção respiratória aguda.

O ministério pretende, segundo a portaria, “planejar, organizar, coordenar e controlar as medidas a serem empregadas” aos mais de 30 mil indígenas que moram na região. A pasta também instalou o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública, que vai coordenar as medidas para combater a crise sanitária Yanomami.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, e o m inistro de Estado dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, viajaram para Roraima neste sábado (21). Em visita à cidade de Boa Vista, onde esteve para avaliar a situação de emergência do povo Yanomami, Lula afirmou que a prioridade do governo federal é garantir assistência médica dentro das aldeias. Lula também afirmou que “não vai mais existir garimpo ilegal”, mas não informou quais medidas serão tomadas para combater a atividade em terras indígenas.

Desde segunda-feira (16), equipes da Saúde estão na terra Yanomami e relataram que a assistência médica aos indígenas é dificultada pela “falta de segurança e vulnerabilidade”.

O quadro de crise sanitária na terra Yanomami tem relação com a invasão do garimpo no território, segundo lideranças locais e pesquisadores de saúde. Apesar de a atividade ser ilegal em terras indígenas, garimpeiros ocupam a área dos Yanomami desde a segunda metade do século 20, e o grupo se fortaleceu no governo de Jair Bolsonaro. Segundo dados obtidos pelo portal Sumaúma, 570 crianças com menos de cinco anos morreram de causas evitáveis na região durante o governo Bolsonaro.

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