Governo troca número 2 do Gabinete de Segurança Institucional
Da Redação
24 de janeiro de 2023(atualizado 28/12/2023 às 21h24)General Carlos José Russo Assumpção Penteado foi exonerado e substituído pelo também general Ricardo José Nigri. Mudança ocorre em contexto de crise de desconfiança de Lula com as Forças Armadas
O Palácio da Alvorada, residência oficial dos presidentes da república
Ogoverno de Luiz Inácio Lula da Silva trocou o secretário-executivo do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) no contexto de crise entre Executivo e Forças Armadas provocada pelos atos golpistas de 8 de janeiro. Carlos José Russo Assumpção Penteado, que é general, foi exonerado e substituído pelo também general Ricardo José Nigri.
As mudanças foram publicadas na noite de segunda-feira (23) em edição extra do Diário Oficial da União. O GSI– órgão que, entre outras atribuições, cuida da segurança pessoal do presidente da República, de seus familiares e dos prédios oficiais da Presidência – é chefiado pelo general Marcos Edson Gonçalves Dias. Nigri será seu número 2.
Nigri era chefe de Missões de Paz e Aviação e inspetor-geral das Polícias Militares do Exército. Ele também trabalhou como oficial no gabinete do ex-chefe do Exército Eduardo Villas Bôas. Já Penteado, que foi exonerado do cargo, é considerado homem de confiança de Augusto Heleno, ex-chefe do GSI no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Além da troca de secretário-executivo, houve duas mudanças de posições importantes no GSI. Dois militares que atuam no órgão inverteram os cargos: o generalMarcius Cardoso Netto deixou o cargo de chefe da Assessoria de Planejamento e Gestão do Departamento-Geral do Pessoal para assumir a Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial. Já o general Carlos Feitosa Rodrigues fez o inverso: deixou a secretaria para chefiar a assessoria.
O governo já dispensou cerca de 80 militares nomeados para o GSI pela gestão anterior. O movimento começou depois que Lula manifestou desconfiança de que integrantes das Forças Armadas estariam envolvidos na invasão de bolsonaristas às sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro. Gravações feitas no dia dos ataques mostram que o Exército dificultou a ação da Polícia Militar do Distrito Federal contra os golpistas.
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