Extra

Naufrágio mata dezenas de migrantes que rumavam à Itália

Da Redação

26 de fevereiro de 2023(atualizado 28/12/2023 às 17h18)

Embarcação saiu da Turquia e pelo menos 59 corpos foram encontrados na costa da Calábria, no sul do país. Segundo autoridades, vítimas vinham de Afeganistão, Paquistão, Irã e Síria

O Nexo depende de você para financiar seu trabalho e seguir produzindo um jornalismo de qualidade, no qual se pode confiar.Conheça nossos planos de assinatura.Junte-se ao Nexo! Seu apoio é fundamental.

Temas

Compartilhe

FOTO: REUTERS TV – 26.FEV.2023

Agentes da guarda costeira italiana em frente à tenda na praia com diversos corpos estendidos no chão, envoltos por uma lona branca

Naufrágio deixa dezenas de migrantes mortos na Calábria, no sul da Itália

Ao menos 59 migrantes morreram na costa da Itália após a embarcação que os transportava clandestinamente naufragar neste domingo (26). Os corpos foram encontrados nas proximidades de Crotone, da Calábria, na região sul do país, e equipes de resgate conseguiram salvar cerca de 80 pessoas.

As estimativas sobre a quantidade de pessoas que estavam na embarcação variam de 150 a 250 pessoas. Dentre as vítimas contabilizadas até agora, catorze eram crianças – incluindo um bebê recém-nascido. De acordo com o jornal italiano Corriere della Sera, o barco saiu do porto de Izmir , na Turquia, havia quatro dias.

Ainda segundo a publicação, a embarcação foi vista antes de naufragar por uma patrulha da Frontex, a agência de fronteiras da União Europeia, na noite de sábado (25). No entanto, as condições climáticas adversas, com mar revolto e baixas temperaturas, impediram uma ação imediata. Então, na madrugada de domingo (26), a guarda costeira italiana foi acionada, primeiro por uma chamada telefônica e, depois, por um pescador que se deparou com os destroços do barco no mar.

Segundo autoridades italianas, os viajantes vinham do Afeganistão, Síria, Paquistão e Irã. Uma das portas de entrada da Europa para migrantes, a Itália recebeu 105 mil pessoas que chegaram pelo Mar Mediterrâneo ao país em 2022. Além delas, 1.368 morreram na travessia.

O presidente da Itália, Sergio Mattarella, lamentou a tragédia e instou a comunidade internacional a trabalhar em conjunto para resolver as causas da crise migratória, como as mudanças climáticas, guerras e terrorismo. A primeira-ministra Giorgia Meloni, eleita com uma bandeira de extrema-direita muito apoiada no rechaço à imigração, cobrou medidas mais duras contra a rede de contrabandistas de pessoas que atua no continente.O episódio acontece pouco tempo depois de o governo de Meloni aprovar uma lei dificultando o trabalho de resgate feito por organizações humanitárias no Mediterrâneo.

Continue no tema

NEWSLETTER GRATUITA

Nexo | Hoje

Enviada à noite de segunda a sexta-feira com os fatos mais importantes do dia

Este site é protegido por reCAPTCHA e a Política de Privacidade e os Termos de Serviço Google se aplicam.

Gráficos

nos eixos

O melhor em dados e gráficos selecionados por nosso time de infografia para você

Este site é protegido por reCAPTCHA e a Política de Privacidade e os Termos de Serviço Google se aplicam.

Navegue por temas