45% das mulheres de SP já foram assediadas no transporte público
Da Redação
07 de março de 2023(atualizado 28/12/2023 às 17h19)Pesquisa mostra que modais coletivos ainda são espaços onde moradoras da cidade dizem correr mais risco, apesar de menções a eles terem caído em relação a 2021. Assédio cresceu no transporte particular
Passageiros na estação Sé do metrô, em São Paulo
Pesquisa da organização Rede Nossa São Paulo em parceria com o Ipec divulgada nesta terça-feira (7) mostra que 45% das moradoras da cidade de São Paulo dizem já ter sofrido assédio sexual no transporte coletivo. O dado é do levantamento “Viver em São Paulo: mulheres”.
Com isso, o transporte público é, pelo quinto ano consecutivo, o espaço onde as moradoras da cidade mais correm o risco de sofrer assédio, na sua percepção. Apesar disso, a pesquisa de 2023 mostra uma queda significativa nas menções a ele (39%) em relação ao levantamento de 2021 (52%).
Depois do transporte coletivo, as mulheres dizem ter sido mais assediadas no ambiente de trabalho (29%), no ambiente familiar (21%) e no transporte particular, que inclui meios como táxi, Uber e 99 (19%). Em 2021, esse último índice era sete pontos percentuais menor: 12%.
Segundo a pesquisa, 67% das moradoras de São Paulo já sofreram algum tipo de assédio, o que representa mais de 3,8 milhões de mulheres. Trinta e dois por cento dizem que já foram agarradas, beijadas ou desrespeitadas sem seu consentimento.
A pesquisa entrevistou 800 pessoas com 16 anos ou mais em dezembro de 2022 de forma presencial e online. O levantamento da Rede São Paulo e do Ipec é realizado anualmente e também tem parceria do Sesc. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
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