FOTO: ELZA FIÚZA/AGÊNCIA BRASIL – 02.DEZ.2015

O economista Marcio Pochmann será o presidente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O anúncio foi feito na quarta-feira (26) pelo ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta. A posse deve ocorrer em agosto, mas ainda não tem data definida.

O economista é professor da Unicamp e esteve à frente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) entre 2007 e 2012, em governos passados do PT. Críticos o acusam de ter adotado uma gestão intervencionista e aparelhada .

R$ 2,65 bilhões

é o orçamento do IBGE em 2023

O IBGE é vinculado ao Ministério do Planejamento. Horas antes do anúncio da escolha de Pochmann, a ministra Simone Tebet disse ao canal GloboNews que não havia conversado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a sucessão no órgão, e que não conhecia o economista.

A possibilidade da indicação havia sido antecipada pelo jornal O Globo na segunda-feira (24). Segundo a jornalista Malu Gaspar, integrantes do Planejamento consideram a escolha como desastrosa. O jornal O Estado de S. Paulo reuniu as principais polêmicas em torno das opiniões do economista.

Lula defendeu a indicação do economista. “Não é aceitável as pessoas tentarem criar uma imagem negativa de uma pessoa da qualificação do Márcio Pochmann. É um dos grandes intelectuais desse país, um rapaz extremamente preparado”, disse o presidente, conforme relatou o site G1.

Pochmann assumirá o lugar do diretor de pesquisa Cimar Azeredo, que ocupa o posto temporariamente. Ele chega ao IBGE num momento em que o instituto divulga os principais dados do Censo de 2022, que sofreu com atrasos e falta de verba. O podcast Durma com Essa explicou o caminho do principal levantamento estatístico do Brasil.

NOTA DE ESCLARECIMENTO: Este texto foi atualizado a fim de incluir a declaração do presidente Lula sobre a indicação de Márcio Pochmann para o comando do IBGE. O material foi alterado às 13h41 de 4 de agosto de 2023.