FOTO: ANUSHREE FADNAVIS/REUTERS 11.09.2023

Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta segunda-feira (11) que o Brasil pesquise a viabilidade de explorar petróleo e gás na margem equatorial, na foz do Rio Amazonas. A declaração foi dada à imprensa após o encerramento da cúpula do G20, na Índia.

Na entrevista, o presidente afirmou que o Brasil“não pode ser proibido de pesquisar”, e que essa é uma questão de soberania nacional. O petista também disse que é preciso saber o que há na região para promover desenvolvimento local.

“O Brasil não vai deixar de pesquisar a Margem Equatorial. Se encontrar a riqueza que pressupõe-se que exista lá, aí é uma decisão de Estado, se vai explorar ou não ”

Luiz Inácio Lula da Silva

Presidente do Brasil, em entrevista coletiva após a cúpula do G20

Há uma disputa dentro do próprio governo sobre a exploração de petróleo e gás na região. A AGU (Advocacia Geral da União) e o Ministério de Minas e Energia já se manifestaram a favor. O Ministério do Meio Ambiente, sob o comando de Marina Silva, rechaça a ideia, conforme mostrou o jornal Valor Econômico.

No gráfico abaixo, você pode ver os blocos exploratórios da foz do Amazonas, ou seja, áreas em que há interessados em fazer a exploração— empresas privadas e a própria Petrobras —, e os blocos disponíveis na região.

A declaração de Lula destoa de outras falas suas em fóruns internacionais a favor de energias renováveis, inclusive no próprio G20, como registrou o jornal Folha de S. Paulo.

Outros países da região amazônica, como Colômbia e Equador, tentam frear a extração de combustíveis fósseis no bioma. Compartilhada por oito países e um território francês, todos, com exceção da Guiana Francesa, produzem petróleo e gás em diferentes níveis, como o Nexo explicou num Expresso .