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Nobel premia economista que estuda disparidade de gênero

Da Redação

09 de outubro de 2023(atualizado 28/12/2023 às 22h09)

Claudia Goldin, professora de Harvard, investigou a diferença de participação e remuneração de homens e mulheres no mercado de trabalho. Ela é a terceira mulher a levar o prêmio, a primeira solo

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FOTO: ILL. NIKLAS ELMEHED/© NOBEL PRIZE OUTREACH

Ilustração de Claudia Goldin

Ilustração de Claudia Goldin

A economista americana Claudia Goldin foi a vencedora do prêmio Nobel de Economia de 2023. O anúncio foi feito pela Academia Real das Ciências da Suécia nesta segunda-feira (9).

A professora da Universidade de Harvard, nos EUA, foi laureada com o Prêmio do Banco da Suécia em Ciências Econômicas em memória de Alfred Nobel (nome oficial do prêmio) por suas pesquisas na área de disparidade de gênero no mercado de trabalho. Ela é a primeira mulher a vencer sozinha, depois de duas outras levarem a categoria junto com homens ( Elinor Ostrom , em 2009, e Esther Duflo , em 2019).

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mulheres venceram o Nobel de Economia entre a primeira edição, em 1969, e 2023

Em seus estudos, Goldin colheu dados de mais de 200 anos do mercado de trabalho nos EUA, para entender as diferenças de participação e remuneração das mulheres em relação aos homens. Ela mostrou como o emprego entre mulheres seguiu uma trajetória em U: primeiro com queda na participação à medida que as famílias migraram do campo para a cidade, e depois com aumento conforme o setor de serviços foi crescendo, como registrou o jornal Folha de S.Paulo.

Em um artigo de 2002, Goldin demonstrou, junto com o economista Lawrence Katz, como o surgimento da pílula contraceptiva contribuiu para o aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho, por dar a opção de planejamento de vida e carreira.

Sobre a persistência de uma disparidade salarial significativa no mercado de trabalho contemporâneo, a economista mostrou que essa diferença não pode mais ser explicada por diferenças educacionais ou de cargo, como no passado. Agora, a hipótese é que se deve a fatores como arranjos domésticos em que os casais se dividem entre uma pessoa que dedica mais horas ao trabalho e outra que passa mais horas cuidando dos filhos — e são as mulheres que geralmente ficam com essa última função. Para saber mais sobre o assunto, veja esta reportagem de 2021 da revista britânica The Economist.

Você pode ler mais a respeito da obra de outros vencedores do Nobel de Economia neste Favoritos do Nexo , em que o jornalista João Villaverde indicou cinco produções de economistas que levaram o prêmio.

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