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Conselho de Segurança da ONU aprova 1º cessar-fogo em Gaza

Da Redação

25 de março de 2024(atualizado 26/03/2024 às 16h58)

Proposta apresentada por dez países liderados por Moçambique pede ainda expansão do fluxo da ajuda humanitária e libertação incondicional de reféns feitos pelo Hamas

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FOTO: Mike Segar/Reuters - 25.01.2016Conselho de Segurança da ONU

Membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas em votação

O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou nesta segunda-feira (25) um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, invadida por Israel em resposta a um ataque terrorista do grupo Hamas que matou 1.200 pessoas e fez cerca de 240 reféns em 7 de outubro de 2023.

É a primeira resolução de cessar-fogo aprovada pelo órgão desde o início do atual conflito. A proposta foi apresentada por dez países com assento rotativo liderados por Moçambique. Ela prevê a expansão urgente do fluxo de ajuda humanitária no território palestino e exige a libertação imediata e incondicional dos sequestrados ainda mantidos em cativeiro pelo grupo extremista.

30 mil

é o número aproximado de pessoas mortas por ataques de Israel desde 7 de outubro, segundo dados do governo da Faixa de Gaza confirmados por organizações independentes

O Conselho de Segurança é o órgão mais poderoso da ONU. Suas resoluções, se desrespeitadas, podem gerar sanções. A resolução desta segunda (25) leva em consideração o mês do Ramadã, período sagrado para os muçulmanos, que começou em 10 de março e vai até 9 de abril.

“O Conselho de Segurança acaba de aprovar uma resolução há muito esperada sobre Gaza, exigindo um cessar-fogo imediato e a libertação imediata e incondicional de todos os reféns. Esta resolução deve ser implementada. O fracasso seria imperdoável”

António Guterres

secretário-geral da ONU, após a aprovação da resolução nesta segunda (25)

Outras duas resoluções já foram aprovadas sobre o conflito na Faixa de Gaza. Uma em novembro, que pediu uma pausa humanitária. E outra em dezembro, com o mesmo fim, além de um pedido a fim de que se criassem “condições” para um futuro cessar-fogo, como mostrou o Nexo.

Resoluções anteriores de cessar-fogo vinham sendo vetadas pelos membros permanentes do órgão. EUA, China, Rússia, França e Reino Unido têm esse poder. Os americanos vetaram a maior parte. Apresentaram, então, sua própria proposta, mas ela foi vetada por chineses e russos na sexta-feira (25), como registrou o site da CNN Brasil.

O cessar-fogo é aprovado num momento de isolamento de Israel. O país prepara uma invasão por terra em Rafah, cidade ao sul da Faixa de Gaza para onde se deslocaram mais de um milhão de palestinos. Os EUA, que se abstiveram nesta segunda (25) — abrindo caminho para a aprovação da resolução —, vêm aumentando a pressão contra o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, conforme contou o Nexo num Expresso.

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