FOTO: Diego Vara / Reuters - 1.mai.2024

Inundação na cidade gaúcha de Encantado, à beira do Rio Taquari

Temporais no Rio Grande do Sul deixaram pelo menos 32 mortos e 60 desaparecidos até a tarde desta quinta-feira (2), segundo a Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Brigada Militar. A previsão é de mais chuvas na região. Uma das áreas atingidas é o Vale do Taquari, que, em setembro de 2023, sofreu um desastre que matou 54 pessoas.

O governador Eduardo Leite (PSDB) decretou calamidade pública no fim da noite e disse que o quadro em 2024 deve ser pior que o do ano passado. Ele pediu que moradores afetados deixem suas casas, pois o poder público não tem capacidade de fazer resgates em todos os locais atingidos.

9.993 

é o número de desalojados até 12h de quinta-feira (2), segundo boletim da Defesa Civil

O governo suspendeu as aulas na rede pública estadual até sexta-feira (3). Moradores do entorno do rio Taquari e do rio dos Sinos receberam alertas para evacuar a região, e a represa de Caxias, principal polo econômico do estado, tem risco de ruptura, como noticiou o Zero Hora. 

Até 12h de quinta (2), 147 municípios registraram transtornos por causa das chuvas. Dezenas de trechos de rodovias estão interditados. Canudos do Vale, com pouco mais de 1.600 habitantes, está totalmente isolada, sem energia, telefone e internet. As pontes que faziam ligação com a cidade foram arrastadas pela água, como relatou o jornal Folha de S.Paulo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visita o Rio Grande do Sul nesta quinta-feira (2), após Eduardo Leite pedir ajuda federal com urgência. Helicópteros de resgate da Força Aérea não conseguiram fazer a viagem ao estado na véspera por conta do mau tempo, registrou a Agência Brasil. 

Eduardo Leite afirmou que o Rio Grande do Sul vive “pior desastre climático” do estado. O governador gaúcho recebeu Luiz Inácio Lula da Silva e sua comitiva nesta quinta-feira (2). O presidente disse que “não permitirá que falte recurso para reparar os danos”.