FOTO: Eduardo Leite/Mauricio Tonetto/via REUTERS

Vista aérea da região das ilhas do Guaíba

A prefeitura de Porto Alegre bloqueou o acesso à área central da cidade devido à cheia no lago Guaíba, que nesta sexta-feira (3) atingiu 4,5 metros — seu nível mais alto desde a inundação histórica da capital gaúcha em 1941. Pontes também foram interditadas. 

As chuvas que atingem o Rio Grande do Sul já deixaram pelo menos 39 mortos e dezenas de desaparecidos. Cerca de metade dos municípios do estado registraram algum tipo de transtorno, e mais de 31 mil pessoas tiveram que deixar suas casas até a manhã desta sexta (3). 

4,76 m

é a maior marca registrada pelo lago Guaíba, em 1941; a segunda maior cheia até agora era a de novembro de 2023, com 3,46 metros 

A prefeitura de Porto Alegre decretou calamidade pública na noite de quinta-feira (2). O sistema de medição do Guaíba entrou em pane, e técnicos passaram a averiguar a altura in loco. Uma comporta do sistema que previne inundações se rompeu, conforme relatou o portal UOL. 

A Defesa Civil fez um alerta para uma inundação extrema na capital gaúcha e pediu que a população deixe áreas de risco. O prognóstico é que o Guaíba atinja 5 metros de altura até o fim desta sexta-feira (3), como registrou o GZH. 

O Rio Grande do Sul enfrenta tempestades intensas desde segunda-feira (29), que atingem principalmente as regiões Central, Vale do Rio Pardo, Vale do Taquari, Metropolitana e Serra. Centenas de milhares de pessoas estão sem luz, conta o site Poder360. 

Cidades ficaram submersas pelas águas, dezenas de trechos de rodovias foram interditados e localidades ficaram isoladas após a queda de pontes. Uma represa na Serra Gaúcha se rompeu parcialmente, e outras entraram em estado de alerta, como mostrou o podcast Durma com Essa.

O governador Eduardo Leite (PSDB) afirmou que o Rio Grande do Sul vive o “pior desastre climático” do estado. Ele recebeu Luiz Inácio Lula da Silva e sua comitiva na quinta-feira (2). O presidente disse que “não permitirá que falte recurso para reparar os danos”, como registrou o Nexo.

ESTAVA ERRADO: A primeira versão deste texto afirmava que o Guaíba é um rio. Na verdade, o Guaíba é um lago. O texto foi corrigido no dia 3 de maio, às 20h.