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Missão externa diz que vitória de Maduro não foi democrática

Da Redação

31 de julho de 2024(atualizado 31/07/2024 às 18h54)

Um dos principais observadores da eleição na Venezuela, Centro Carter aponta ‘liberdades restritas para atores políticos’. Outra delegação, ligada à ONU, denuncia ‘máquina repressiva’ contra opositores

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FOTO: Leonardo Fernandez Viloria/REUTERSJennie K. Lincoln (de azul), do Centro Carterthe Carter, se reúne com Elvis Amoroso (com microfone), chefe do conselho eleitoral da Venezuela

Jennie K. Lincoln (de azul), do Centro Carterthe Carter, se reúne com Elvis Amoroso (com microfone), chefe do conselho eleitoral da Venezuela, dias antes da eleição

O Centro Carter, um dos principais observadores externos da eleição na Venezuela, divulgou uma nota na noite de terça-feira (30) em que diz não considerar a vitória de Nicolás Maduro democrática.

A organização que leva o nome do ex-presidente dos EUA Jimmy Carter atuou a convite do Conselho Nacional Eleitoral. O órgão venezuelano declarou o presidente reeleito no dia seguinte ao pleito de domingo (28), mas sem divulgar as atas de votação.

“A eleição presidencial de 2024 na Venezuela não se adequou aos parâmetros e padrões internacionais de integridade eleitoral e não pode ser considerada democrática (…). [Também] não atendeu aos padrões de integridade  em qualquer uma de suas fases relevantes e violou numerosos preceitos da própria legislação nacional”

Centro Carter

em nota oficial sobre a eleição presidencial da Venezuela de 2024

O Centro Carter já acompanhou outras eleições venezuelanas. Também já atuou no Brasil. Atestou, por exemplo, a lisura da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva sobre Jair Bolsonaro na disputa pelo Palácio do Planalto em 2022, como destacou à época o site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

No pleito em que Maduro reivindica o terceiro mandato, a organização afirmou ter havido cerceamento da oposição, assim como restrições no acesso de eleitores às urnas, conforme mostrou o site Poder360. Denunciou também o uso da máquina estatal para garantir a reeleição do presidente.

Nesta quarta-feira (31), uma missão criada pelo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas demonstrou “profunda preocupação com a violência” da “máquina repressiva” do governo Maduro contra manifestantes que contestam o resultado da eleição, conforme destacou o jornalista Jamil Chade em sua coluna no portal UOL.

No poder desde 2013, Maduro sustenta que venceu sua terceira eleição presidencial. Ele aponta tentativa de interferência externa em assuntos internos do país. E diz que só não divulgou as atas de votação — exigidas pela comunidade internacional, inclusive o Brasil porque o sistema eleitoral sofreu um ataque hacker, conforme registrou o site da CNN Brasil.

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