Brasil cobra atas na Venezuela. EUA dizem que oposição venceu
Da Redação
01 de agosto de 2024(atualizado 02/08/2024 às 09h04)Secretário de Estado americano diz confiar em resultados apresentados pela coalizão de Edmundo González. Em conjunto com Colômbia e México, Itamaraty pede que autoridades venezuelanas ‘divulguem os dados desagregados’ da eleição
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Fachada do Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores
Brasil, Colômbia e México publicaram nesta quinta-feira (1º) uma nota conjunta em que pedem à Venezuela a divulgação dos dados desagregados por mesa de votação das eleições presidenciais realizadas no domingo (28).
O pleito, que deu uma nova reeleição a Nicolás Maduro, tem sido questionado por sua falta de transparência. A oposição contesta o resultado e alega fraude. Protestos se espalharam pelo país. O comunicado conjunto pede ainda que o impasse eleitoral seja resolvido pela “via institucional” e que a “soberania popular” seja respeitada com uma “verificação imparcial dos resultados”.
“Acompanhamos com muita atenção o processo de escrutínio dos votos e fazemos um chamado às autoridades eleitorais da Venezuela para que avancem de forma expedita e divulguem publicamente os dados desagregados por mesa de votação”
Brasil, Colômbia e México
em nota conjunta publicada nesta quinta-feira (1º)
O jornal Folha de S.Paulo relatou que a nota conjunta foi publicada após uma conversa remota entre Luiz Inácio Lula da Silva, Gustavo Petro e Manuel López Obrador, presidentes do Brasil, Colômbia e México, respectivamente.
Também nesta quinta-feira (1º), o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, declarou que o vencedor do pleito presidencial venezuelano foi o principal candidato opositor ao governo de Nicolás Maduro, Edmundo González. Dois dias antes, o Centro Carter, um dos principais observadores externos da eleição na Venezuela, afirmou não considerar a vitória de Maduro democrática, como mostrou o Nexo.
“Parabenizamos Edmundo González Urrutia pelo sucesso de sua campanha. Agora é a hora de as partes venezuelanas iniciarem as discussões sobre uma transição respeitosa e pacífica, de acordo com a lei eleitoral venezuelana e os desejos do povo venezuelano”
Brasil, Colômbia e México
em nota conjunta publicada nesta quinta-feira (1º)
Desde a publicação do resultado do pleito, parte da comunidade internacional tem pedido a divulgação das atas de votação – algo previsto no processo venezuelano. O governo de Maduro diz que não divulgou os documentos porque o sistema eleitoral sofreu um ataque hacker, conforme registrou o jornal O Globo.
Diante da pressão, Maduro expulsou o corpo diplomático de países que criticaram o processo eleitoral. Um deles foi a Argentina, em cuja embaixada estão asilados seis membros da oposição contra os quais a Justiça venezuelana expediu mandados de prisão. O Brasil assumiu a custódia do prédio diplomático durante a crise, gerando uma trégua nas rusgas entre Javier Milei e Luiz Inácio Lula da Silva, como relatou a CNN Brasil.
A pedido de Maduro, a Suprema Corte venezuelana – que é alinhada ao atual governo – chamou os dez candidatos à Presidência para iniciar uma auditoria da eleição na sexta-feira (2), como explicou o site G1. Edmundo González está entre os convocados.
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