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Após repercussão ruim, CEO se desculpa por post machista

Da Redação

20 de setembro de 2024(atualizado 20/09/2024 às 13h17)

‘Deus me livre de mulher CEO’, escreveu no Instagram Tallis Gomes, fundador e presidente da G4 Educação. Depois de críticas, ele voltou atrás. Em julho, empresário disse que não ‘contratava esquerdista’

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FOTO: Reprodução/YouTubeHomem branco, jovem, de óculos e blusa branca de manga longa, está sentado à mesa. Ele fala ao microfone e usa fones de ouvido. O ambiente é escuro, com cortinas azuis.

Talis Gomes, CEO da G4 Educação, em entrevista a podcast

Tallis Gomes, fundador e presidente da empresa G4 Educação, pediu desculpas na quinta-feira (19) por uma postagem feita no mesmo dia em que disse que não estaria com sua noiva se ela fosse CEO e que liderar empresas não é “o melhor uso da energia feminina”. 

A fala foi rechaçada nas redes sociais, com críticas de empresárias e executivas como a presidente do conselho do Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano. Um instituto de inovação em Porto Alegre cancelou uma palestra com Gomes. 

“Deus me livre de mulher CEO. Salvo raras exceções (eu particularmente só conheço 2), essa mulher vai passar por um processo de masculinização que invariavelmente vai colocar meu lar em quarto plano, eu em terceiro plano e os meus filhos em segundo plano”

Tallis Gomes

fundador e presidente da G4 Educação, em story publicado no Instagram na quinta-feira (19), em resposta a um seguidor que o perguntou se ele estaria noivo se sua companheira fosse CEO de empresa 

“Errei feio num texto aqui no Instagram. E quero reconhecer o erro e pedir desculpas. Muitas mulheres se sentiram machucadas pelas minhas palavras, e eu estou profundamente chateado por ter magoado essas pessoas” 

Tallis Gomes

em story publicado no Instagram horas depois também na quinta-feira (19)

Não foi a primeira vez que comentários de Gomes geraram indignação. Em julho, ele afirmou num podcast que não contrata pessoas de esquerda para trabalhar no seu negócio e defendeu jornadas de trabalho de 80 horas semanais. O Nexo mostrou como o episódio expôs práticas discriminatórias e uma cultura da exaustão. 

O Instituto Caldeira, um centro de inovação na capital gaúcha, cancelou na noite de quinta (19) uma palestra que faria com Gomes “em função das recentes circunstâncias” e disse lamentar o ocorrido, como registrou o site G1. 

Empresárias criticaram as falas em postagens no Instagram e na rede social profissional LinkedIn, como relatou o jornal O Globo. Luiza Trajano escreveu que, embora o Magazine Luiza tenha usado serviços da G4 Educação de forma pontual, não concorda “em nada com o posicionamento de um dos sócios da empresa a respeito das mulheres”. 

“Criei três filhos trabalhando muito, inclusive como CEO do Magalu. […] Sempre digo: não há receita para criar uma família. De uma coisa tenho certeza: nós, mulheres, podemos ser aquilo que queremos e optamos ser. Às mulheres, peço que não deixem que posicionamentos como esse abalem seus desejos e opções. Quem te irrita, te domina” 

Luiza Helena Trajano

presidente do conselho de administração do Magazine Luiza

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