Custeio e investimento em universidade caem 35% sob Bolsonaro

Gabriel Zanlorenssi e Caroline Souza

20 de outubro de 2022(atualizado 28/12/2023 às 22h46)

Universidades e institutos federais tiveram corte de quase um terço dos recursos, enquanto orçamento destinado a despesas e investimentos aumentou em 4 anos

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Em 2022, as instituições federais de ensino superior dispõem de um orçamento empenhado de 9,7 bilhões de reais para custeio de despesas e investimentos. O valor, corrigido pela inflação, é 35,3% mais baixo do que em 2018, último ano do governo Temer.

Gráfico de barras que indica como que o orçamento para a educação foi envoluindo ao longo do tempo. Em 2022, o orçamento é 35,3% mais baixo que o valor em 2018

Ocorreram reduções do custeio e dos investimentos de universidades e institutos federais nos quatro anos de governo Bolsonaro. A queda persistiu mesmo após o retorno às aulas presenciais, em 2022.

O custeio inclui o que é gasto com assistência estudantil, manutenção da estrutura universitária, financiamento de pesquisas, entre outras despesas. Já os investimentos incluem, por exemplo, a construção de edifícios e a compra de equipamentos permanentes.

A conta feita pelo Nexo exclui as despesas com pessoal, como o pagamento de salários e aposentadorias. Essas despesas não são facilmente cortadas de um ano para o outro.

A queda da verba das universidades contrasta com o aumento do valor gasto no período pelo governo federal com despesas correntes e investimentos, de 1,7%. Os cortes prejudicam as atividades de ensino e pesquisa científica, comprometendo o desenvolvimento econômico e social do país.

Os dados incluem apenas o orçamento das instituições de ensino superior que estão subordinadas ao Ministério da Educação e não incluem despesas com hospitais universitários.