Mulheres representam 1,8% dos ministros na história do Supremo
Gabriel Zanlorenssi e Mariana Froner
11 de abril de 2023(atualizado 28/12/2023 às 17h25)Desde 1891, 170 magistrados passaram pela corte. Foram apenas três do gênero feminino, nenhuma delas era negra
Nesta terça (11), o ministro Ricardo Lewandowski se aposenta do STF ( Supremo Tribunal Federal). O magistrado completa 75 anos em maio, sendo obrigado a deixar a corte por conta da idade.
Luiz Inácio Lula da Silva, que indicou Lewandowski em 2006, vai nomear seu substituto. A pessoa indicada precisa ser aprovada pela maioria do Senado, após uma sabatina.
O presidente da República é cobrado por sua base de apoio e por pesquisadores , amparados em razões técnicas, para que sua nomeação seja representativa da população brasileira em termos de cor e gênero.
Desde os primeiros magistrados que tomaram posse na corte em 1891 até hoje, foram indicados 167 homens (98,2%) e apenas 3 mulheres (1,8%). Indicado e empossado em duas ocasiões diferentes, o ex-ministro Francisco Rezek é contabilizado duas vezes no gráfico.
Duas delas foram indicadas nas gestões petistas, Carmen Lúcia (Lula) e Rosa Weber (Dilma). Já Ellen Gracie, primeira mulher no STF, foi indicada por FHC, em 2000. Nenhuma delas eram mulheres negras (pretas e pardas), que são 28,4% da população brasileira .
Para a cadeira de Lewandowski, ainda não há uma definição de quem será o substituto. O presidente Lula afirmou que“ não tem compromisso oficial com ninguém ” e está inclinado a indicar seu advogado pessoal, Cristiano Zanin, para a vaga.
NOTA DE ESCLARECIMENTO: O texto foi alterada no dia 01 de junho de 2023, às 18h33, para deixar explícito que Francisco Rezek, indicado e empossado em 1982 e 1993, é contabilizado duas vezes no levantamento.
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