FOTO: ROVENA ROSA/AGÊNCIA BRASIL

Carro de som do MBL (à esquerda) montado na avenida Paulista

Unida pelo descontentamento com o viés social da Constituição de 1988 e com o que chama de “hegemonia cultural esquerdista”, a nova direita brasileira deu apoio eleitoral, quadros,trabalho de base e técnicas de militância a Jair Bolsonaro em 2018, mas não depende da figura do presidente. É o que afirma ao Nexo a cientista política Camila Rocha, doutora pela USP e autora do livro “Menos Marx Mais Mises”, publicado pela editora Todavia em agosto. A edição sai num momento em que Bolsonaro, um que sempre defendeu a ditadura e torturadores, fala abertamente em ruptura democrática .

O livro reúne os resultados de cinco anos de pesquisa de campo de Rocha com o segmento que, segundo a autora, abarca desde anarcocapitalistas e neoliberais a monarquistas. Analisando ideais, consensos, dissensos e estratégias de atuação difundidos entre a militância direitista, “Menos Marx Mais Mises” oferece importantes indicações sobre os estímulos e limites ético-ideológicos dessa corrente.