‘O fim último da área pública é atender bem à população’
Lucas Zacari
06 de abril de 2025(atualizado 06/04/2025 às 19h00)O ‘Nexo’ entrevista Daniel Annenberg, um dos idealizadores do Poupatempo, sobre a importância de um atendimento ao cidadão de qualidade e a possibilidade de privatização do programa estadual
Poupatempo Itaquera, em São Paulo
O Ministério Público de São Paulo instaurou, no dia 19 de março, um inquérito civil para investigar possíveis desmontes do Poupatempo, projeto que facilita o acesso a serviços públicos no estado. A suspeita é de que a gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) esteja tentando justificar a privatização do programa.
A Promotoria paulista baseia a apuração em um chamamento público de 9 de dezembro de 2024 da Prodesp (Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo), órgão que opera o Poupatempo desde 1997, quando foi inaugurado. A publicação no Diário Oficial anuncia um edital para selecionar empresas para gerir o serviço.
Para Daniel Annenberg, um dos idealizadores do Poupatempo e superintendente do programa entre 1999 e 2006, a privatização não é uma boa alternativa para o serviço. “A ideia do Poupatempo nunca foi ganhar dinheiro. Sempre foi melhorar a qualidade dos serviços públicos, reduzir os prazos e melhorar o atendimento final”, disse ao Nexo.
Em resposta ao jornal Folha de S. Paulo, o governo estadual negou o desmonte, alegando a inauguração de 36 novas unidades do Poupatempo. A gestão Tarcísio ainda afirmou que não podia se manifestar sobre o inquérito, pois não foi notificada, mas que a licitação da Prodesp foi validada pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado).
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