O Brasil viu o vídeo do Planalto: o que vem depois disso
Conrado Corsalette
24 de maio de 2020(atualizado 28/12/2023 às 12h45)Exposição de reunião do presidente com ministros infla discursos favoráveis e contrários ao governo. Entenda as pressões e investigações em torno do episódio
Jair Bolsonaro participa de ato na Praça dos Três Poderes em 24 de maio
Desde as 17h de sexta-feira (22), o conteúdo do vídeo de uma reunião ministerial ocorrida exatamente um mês antes no Palácio do Planalto virou assunto dominante nas discussões políticas dos brasileiros. O material foi tornado público pelo ministro do Supremo Celso de Mello, relator do inquérito que investiga suspeitas de interferência de Jair Bolsonaro na Polícia Federal.
Com palavrões, xingamentos e ataques a outras autoridades públicas e instituições, a gravação revelou como o presidente e seu primeiro escalão veem a situação atual do governo e como encaram a crise sanitária e econômica do país em meio à pandemia do novo coronavírus . Abaixo, o Nexo mostra em seis pontos o que pode acontecer agora, incluindo desdobramentos jurídicos e políticos.
Bolsonaro mantém uma relação conturbada com o Supremo Tribunal Federal desde o início de seu mandato. A crise deflagrada com a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça no fim de abril, com o ex-juiz da Lava Jato acusando o presidente de tentar interferir politicamente na Polícia Federal, aumentou esse clima de confronto.
O primeiro sinal veio quando o ministro do Supremo Alexandre de Moraes barrou o nome preferido de Bolsonaro para comandar Polícia Federal, Alexandre Ramagem, que substituiria Marcelo Valeixo, aliado de Moro. O presidente reagiu dizendo que o episódio fez o país beirar uma “crise institucional” .
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