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Após pressão, Twitter lança no Brasil recurso contra fake news

Da Redação

17 de janeiro de 2022(atualizado 28/12/2023 às 22h18)

Ferramenta que permite ao usuário alertar sobre desinformação já funcionava nos EUA e será testada para o período eleitoral

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FOTO: JOSHUA HOEHNE/UNSPLASH

Celular com fundo azul claro com logo de passarinho branco ao centro, símbolo do Twitter.

Tela com logo do Twitter

O Twitter anunciou nesta segunda-feira (17) a liberação para três países, entre eles o Brasil, do recurso que permite denunciar posts que contenham desinformação e fake news. A ferramenta, que já existia nos Estados Unidos, na Austrália e na Coreia do Sul, também funcionará na Espanha e nas Filipinas. A empresa ainda não se posicionou sobre tornar o botão de denúncias disponível globalmente.

A inclusão ocorre após pressões sobre a plataforma: no domingo (16), o perfil Sleeping Giants Brasil conseguiu deixar a hashtag #FakeNewsMata entre os assuntos mais comentados do dia no Twitter, em razão de postagens enganosas sobre a covid-19. Não é o primeiro movimento que questiona o papel da empresa sobre combate à desinformação. No dia 5 de janeiro, a hashtag #TwitterApoiaFakeNews ficou no primeiro lugar entre os assuntos mais falados no Brasil, com mais de 40 mil tuítes.

Neste caso, os usuários e outros perfis além do Sleeping Giants, como Desmentindo Bolsonaro, Camarote da CPI e Tesoureiros do Jair, que ganharam visibilidade durante a CPI da Covid por pautarem os senadores na comissão, questionaram o Twitter sobre a verificação (concessão de selo de autenticidade) de perfis bolsonaristas como o de Bárbara Destefani.

O canal de denúncia funciona como um complemento de segurança, pois, de acordo com a plataforma, mais de 50% do conteúdo que viola as regras da rede social é identificado por robôs. Segundo a empresa, entre as postagens de conteúdo ilegal, os assuntos mais difundidos são informações enganosas sobre covid-19, eleições e mídia manipulada (imagens editadas que colocam pessoas em risco). A empresa diz que a escolha pelo Brasil e pelas Filipinas se deu pelo fato de 2022 ser um ano de eleição em ambos os países e que sua liberação neste momento contribuirá para estudos sobre como o canal de denúncias poderá ser usado em período de grandes eventos cívicos.

A ferramenta que chega ao Brasil agora foi primordial nas eleições americanas em 2020: o Twitter implementou políticas para impedir a divulgação de notícias falsas e mais de 300 mil tuítes foram identificados e marcados como propagadores de informações não verificadas. A plataforma também excluiu permanentemente a conta do ex-presidente Donald Trump no dia 8 de janeiro de 2021, dois dias após o ataque de seus apoiadores ao Capitólio , devido ao risco prolongado de incitação à violência. No último dia 2 de janeiro, o Twitter baniu da plataforma a conta da deputada Marjorie Taylor Greene, por violar políticas de informação sobre a covid-19. Um dos tuítes da congressista citava gráficos, sem fonte, que mostravam “quantidades extremamente altas de mortes por vacina”. Ela já havia sido punida cinco vezes pelo Twitter.

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