Em meio à crise, Putin lança mísseis em exercício militar
Da Redação
19 de fevereiro de 2022(atualizado 28/12/2023 às 22h21)Kremlin classifica como rotineiro evento com armamentos nucleares, enquanto tensão na fronteira com a Ucrânia aumenta. Rebeldes separatistas convocam ‘mobilização geral’ de tropas
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Lançamento de míssil balístico russo, em exercício militar no sábado (19).
Em meio às tensões com a Ucrânia, o presidente russo Vladimir Putin participou de exercícios militares neste sábado (19) de exercícios militares com mísseis balísticos. Do centro de comando do Kremlin, Putin ordenou o disparo de modelos hipersônicos, balísticos e de cruzeiro. O anúncio da ação foi realizado na sexta-feira (18), como se fosse algo de rotina. Mas ela ocorre no momento em que o mundo se preocupa com um eventual conflito na fronteira entre Rússia e Ucrânia.
O novo exercício militar é enxergado como um lembrete para os adversários acerca do potencial militar russo. Veja vídeo do lançamento divulgado pelo Ministério da Defesa da Rússia:
Putin volta a protagonizar um embate com Estados Unidos e Europa, depois que a Ucrânia se aproximou da Otan (aliança militar ocidental). O presidente russo exige que os ucranianos se comprometam a não se juntar à organização, medida que as potências do Ocidente se recusam a respaldar. Numa escalada que se desenrola desde novembro de 2021, Putin enviou cerca de 150 mil soldados para fronteira da Rússia com a Ucrânia, em região com forte presença de separatistas pró-Kremlin. O russo anunciou na quarta-feira (16) que está desmobilizando paulatinamente suas tropas na área, algo contestado por americanos e europeus.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse na sexta-feira (18) a jornalistas na Casa Branca que Putin está decidido a invadir a Ucrânia. Desde quinta (17), bombardeios têm atingido regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, na bacia de Donbass. Os ataques romperam um cessar-fogo acertado em 2014 e 2015, e reavivaram a expectativa de conflito. Russos e ucranianos trocam acusações sobre a autoria dos ataques.
Denis Pushilin, líder separatista de Donetsk, convocou neste sábado (19)“todos os homens com idade de pegar em armas” a se juntarem aos rebeldes. Em Luhansk, civis têm sido enviados para a Rússia desde sexta-feira (18), sob a justificativa de líderes locais de que a região está sendo alvo de forças ucranianas. A Ucrânia afirma que as ações fazem parte de uma “operação de bandeira falsa” patrocinada pelos russos, como forma justificar um eventual ataque.
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