Supremo autoriza inquérito por suspeitas em verbas do MEC
Procurador-geral da República solicitou investigação para apurar existência de um gabinete paralelo de pastores no Ministério da Educação. Ministra Cármen Lúcia acatou o pedido
A ministra Cármen Lúcia, durante sessão do plenário do Supremo
A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, determinou nesta quinta-feira (24) a abertura de um inquérito para investigar o ministro da Educação , Milton Ribeiro, por suspeitas relativas a um suposto gabinete paralelo de pastores no MEC.
O pedido para apurar o caso havia sido feito no dia anterior pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, a partir de reportagens e de representações enviadas por diversos parlamentares ao Supremo e à Procuradoria-Geral da República.
Conforme revelou em 18 de março do jornal O Estado de S. Paulo, religiosos da Convenção Nacional das Assembleias de Deus participam de reuniões do Ministério da Educação, viajam em aviões da Aeronáutica e fazem a ponte direta entre prefeitos e o ministro Milton Ribeiro. Os dois principais nomes do esquema seriam os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos. Junto com outros líderes religiosos, eles controlariam a agenda e a verba da pasta.
Um áudio publicado em 21 de março pelo jornal Folha de S.Paulo mostra Ribeiro dizendo numa reunião com prefeitos e pastores que, a pedido do presidente Jair Bolsonaro, prioriza o envio de verbas a cidades a partir da intermediação dos religiosos .
Na quarta-feira (23), o jornal O Estado de S. Paulo publicou um áudio em que o prefeito Gilberto Braga (PSDB), de Luis Domingues (MA), afirma que Arilton Moura pediu pagamento de propina em dinheiro e até ouro para liberar verbas do Ministério da Educação a municípios.
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