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PF apura suspeita de desvio de fundo eleitoral do Pros

Da Redação

12 de junho de 2024(atualizado 12/06/2024 às 21h23)

Um dos alvos é Eurípedes Gomes Júnior, presidente do Solidariedade, que incorporou o Pros em 2023. Investigação afirma que R$ 36 milhões foram desviados de mecanismos de financiamento público de partidos

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FOTO: Reprodução/SolidariedadeEuripedes Gomes Junior sorri e olha para a câmera na frente do logo do Solidariedade

Eurípedes Júnior, presidente nacional do Solidariedade, em evento do partido

A Polícia Federal realiza nesta quarta-feira (12) uma operação contra suspeitos de desviar valores dos fundos partidário e eleitoral do Pros em 2022. O Partido Republicano da Ordem Social foi incorporado ao Solidariedade em 2023. 

Um dos alvos é o presidente nacional do Solidariedade, Eurípedes Gomes Júnior, que teve a prisão preventiva decretada mas não foi encontrado até o fim da manhã. A PF cumpre outros seis mandados de prisão de membros do antigo partido, além de 45 mandados de busca e apreensão, em Goiás, São Paulo e no Distrito Federal. 

R$ 36 milhões 

é o valor total que teria sido desviado, segundo a Polícia Federal; Justiça pediu bloqueio e apreensão de bens, entre eles um helicóptero

Eurípedes Gomes Júnior é fundador e foi presidente do Pros, partido registrado em 2013. Foi vereador da cidade goiana de Planaltina e candidato a deputado federal por Goiás em 2014, ficando como suplente, conforme registrou o site G1. Em 2020, Gomes Júnior foi acusado por um colega do Pros de desviar recursos do partido e foi afastado da presidência da legenda, mas retomou o cargo após uma decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

A investigação apura suspeitas de crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de recursos destinados ao financiamento eleitoral. De acordo com a PF, o Pros teria usado candidaturas laranjas para se apropriar de recursos do fundo eleitoral em 2022 e superfaturado contratos para ficar com valores do fundo partidário, como relatou o jornal Folha de S.Paulo. 

Gomes Júnior não comentou publicamente a operação até o fim da manhã de quarta (12). Paulinho da Força, vice-presidente e fundador do Solidariedade, disse ao jornal O Globo que as suspeitas são anteriores à incorporação do Pros e que a legenda está à disposição para colaborar com a Justiça. 

Mantido com verba pública, o fundo partidário existe para custear despesas correntes das legendas, como manutenção da sede e outras atividades, enquanto o fundo eleitoral é destinado para o financiamento de campanhas e é repassado em anos de eleição. Para 2024, a disputa municipal terá um valor recorde, como explicou o Nexo em janeiro.

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