80 países assinam texto final de cúpula da paz para a Ucrânia
Da Redação
16 de junho de 2024(atualizado 17/06/2024 às 14h58)Membros dos Brics não endossaram texto final de encontro na Suíça. Documento afirma apoio à integridade territorial ucraniana. Brasil participou como observador
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Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na Conferência para a Paz na Ucrânia
A conferência de paz para a guerra na Ucrânia terminou na Suíça neste domingo (16) com a apresentação do relatório final, que foi endossado por 80 países participantes. Parceiros comerciais da Rússia, membros dos Brics, como África do Sul e Índia, e outras dez nações não assinaram o texto final.
O Brasil participou do encontro apenas como observador. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o país só se envolveria na discussão quando os dois lados em conflito decidissem negociar a paz. “Não é possível você ter uma briga entre dois e achar que se reunindo só com um resolve o problema”, disse Lula na Itália no sábado (15). A Rússia, que invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, não foi convidada para a cúpula.
“Assim que o Brasil e a China aderirem aos princípios de todos nós aqui, países civilizados, ficaremos felizes em ouvir suas opiniões, mesmo que elas não coincidam com as da maioria do mundo”
Volodymyr Zelensky
presidente da Ucrânia, em entrevista a jornalistas ao final do encontro, neste domingo (16)
O texto final afirma que “o uso de força contra a integridade territorial ou contra a independência política de qualquer Estado” deve ser evitado. Também diz que são “inadmissíveis” ameaças ou usos de armas nucleares e pede a libertação de todos os prisioneiros de guerra e o regresso dos civis ucranianos detidos ilegalmente, conforme mostrou o jornal britânico The Guardian.
O documento final foi assinado por mais de 80 países e organizações internacionais que estiveram no encontro, entre eles Estados Unidos, Argentina, França, Alemanha, Itália e Japão, como contou o site do canal CNN Brasil.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse na sexta-feira (14) que está pronto para ordenar um cessar-fogo na guerra na Ucrânia e começar a negociar a paz se o país vizinho aceitar suas exigências, que incluem a retirada de tropas ucranianas das quatro regiões anexadas ilegalmente pela Rússia e a desistência da candidatura à Otan, a aliança militar ocidental, como o Nexo registrou.
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