A Amazônia, apesar de concentrar a maior parte de sua área no Norte do Brasil, contribui para a regulação das chuvas e do clima em outras regiões do país e em outros países da América Latina.
É fato
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É mito
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Fato. Assim como outras florestas tropicais, a Amazônia tem papel fundamental na regulação do clima global. Primeiro porque suas árvores funcionam para estocar carbono da atmosfera, atenuando os efeitos das emissões dos gases que causam o efeito estufa e a mudança do clima. Atualmente, cerca de 14% dos lançamentos de carbono no planeta são armazenados pela floresta. Além disso, as árvores da Amazônia produzem enormes quantidades de água, por meio de um processo chamado evapotranspiração, que chegam à atmosfera na forma de vapor e se transformam nos rios aéreos (ou rios voadores). Essas massas de ar carregadas de umidade percorrem o país e chegam ao Centro-Sul na forma de chuva. Os rios aéreos também chegam a outros países da América do Sul, como Uruguai, Paraguai e Argentina. Eles ainda influenciam as correntes dos oceanos.
O Brasil é o país com mais florestas no mundo.
É fato
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É mito
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Mito. A Rússia é o país com maior área florestal no mundo, com 8,5 milhões de km² de vegetação, que correspondem a 22% das florestas no planeta. Atrás vem o Brasil, que tem a segunda maior cobertura florestal. Aparece, em seguida, o Canadá. Nem mesmo em termos proporcionais o Brasil é campeão. Aqui, 67% do território é coberto com florestas e outros tipos de vegetação nativa, como campos naturais. Ainda que os números sejam altos, países como Suécia (69%), Finlândia (73%), Japão (68%), Guiana (84%) e Suriname (98%) estão na frente. Por outro lado, o Brasil é, sim, o país que mais tem florestas tropicais no planeta. São 4,9 milhões de km², o equivalente a 59% do território — a maior parte ocupada pela Amazônia, a maior floresta tropical do mundo. As florestas tropicais têm papel fundamental na regulação do clima e na regularidade das chuvas, além de abrigarem mais da metade das espécies de plantas e animais que existem.
A extensão de áreas protegidas no Brasil é a maior do mundo.
É fato
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É mito
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Fato. É verdade que, em termos absolutos, o Brasil tem a maior quantidade de áreas protegidas (unidades de conservação mais terras indígenas) do mundo, cerca de 2 milhões de km². Mais de 95% deles estão na região amazônica. Por outro lado, o Brasil não é o país com a maior proporção do território destinada a essas áreas. Enquanto por aqui 30% são reservados a terras indígenas e unidades de conservação, vizinhos como Colômbia, Bolívia e Venezuela têm mais de 40% de áreas desses tipos. Economias desenvolvidas como Alemanha (38%) e Grécia (35%) também superam o Brasil.
As áreas protegidas no Brasil não têm produção econômica.
É fato
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É mito
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Mito. As terras indígenas e alguns tipos de unidades de conservação, como florestas nacionais e reservas extrativistas, mantêm atividades de concessões florestais ou de produção de artigos (como castanha, borracha e mel). A soma dos valores desses produtos, excluindo-se a madeira, chega a R$ 1,5 bilhão, segundo levantamento de dados feito pelo Observatório do Clima.
A legislação brasileira de proteção às florestas é uma das mais restritivas do mundo, impondo aos agricultores exigências excessivas e não praticadas em países desenvolvidos.
É fato
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É mito
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Mito. Estudos mostram que a recuperação florestal integra a legislação e os objetivos nacionais de alguns dos países mais ricos do mundo, que consideram que florestas bem geridas, por seu desempenho no regime climático e de chuvas, têm “potencial para melhorar o desempenho da própria agricultura”. Segundo o estudo “A Amazônia precisa de uma economia de conhecimento da natureza”, do economista Ricardo Abramovay, do Instituto de Energia e Ambiente da USP, “a proteção florestal, longe de ser uma idiossincrasia nacional, é uma tendência global que acompanha o próprio processo de desenvolvimento”. EUA, França, China e Reino Unido são alguns países com regras estabelecidas para frear o desmatamento, proibindo a conversão de áreas florestais intactas (EUA) e impedindo sua supressão para projetos de infraestrutura (China), entre outros. A lei brasileira, o Código Florestal, obriga a manutenção de áreas florestais (chamadas de reservas legais) em propriedades rurais privadas. Desde 2012, as regras do código têm sido objeto de disputa no Congresso.
Apesar de ser um mal do ponto de vista ambiental, o desmatamento da floresta amazônica, em grande parte, tem dado lugar a áreas produtivas dedicadas à produção de alimentos.
É fato
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Mito. Informações do TerraClass, projeto do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) que avalia o uso de áreas desmatadas na Amazônia, chegou à conclusão de que 63% da área florestal devastada desde os anos 1980 foram destinadas à pecuária de baixa produtividade (com um boi por hectare ou menos) e outros 23% foram simplesmente abandonados. Outro dado, do Grupo de Trabalho pelo Desmatamento Zero e apresentado à COP-23, conferência do clima da ONU em 2017, mostra que entre 2007 e 2017 o desmate na Amazônia resultou no acréscimo de 0,013% ao PIB brasileiro. Para especialistas, a agropecuária poderia ser mais próspera e produtiva, sem necessidade de desmatar para abrir mais áreas de pastos. A produção de grãos é um exemplo. Entre 1991 e 2017, o setor cresceu 312%, mas o aumento da área plantada (61%) teve menor ritmo.
As áreas abertas para a agropecuária no Brasil ocupam um percentual do território brasileiro muito mais baixo que de outros países.
É fato
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É mito
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Mito. Atualmente, o Brasil tem a terceira maior área de produção agropecuária do mundo (34%) e é o quarto maior produtor de alimentos, atrás de China, Estados Unidos e Índia. São, no total, 2,4 milhões de km² dedicados a lavouras e pastagens, o equivalente a 1,4 da área voltada à agropecuária na Europa Ocidental. Ao somar a essa área os chamados campos naturais, utilizados como pasto em regiões como o Pantanal, no Centro-Oeste, e os Pampas, no Sul, o espaço utilizado pela atividade ganha mais 400 mil km². A área brasileira destinada à produção de alimentos está próxima da média mundial, de 37%, segundo dados da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura).
A extensão da Amazônia brasileira, que hoje mantém cerca de 80% da vegetação original, prova que o Brasil soube preservar todas as suas florestas ao longo dos séculos.
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Mito. Cerca de 80% da vegetação original da Amazônia está de fato preservada, mas a situação do desmatamento no Brasil vai além da ocupação da região. A Mata Atlântica, um dos primeiros biomas explorados pelos colonizadores portugueses, e que originalmente ocupava 15% do território brasileiro, perdeu mais de 90% de sua cobertura vegetal e hoje é considerada a quinta área mais ameaçada do planeta. O Cerrado, no Centro-Oeste, onde o desmate se intensificou a partir dos anos 1950, sofreu modificação em 67% de suas áreas, segundo estudos do Ministério do Meio Ambiente. Outro bioma, a Caatinga, do Nordeste brasileiro, teve sua vegetação reduzida à metade devido ao desmatamento. Um dos fatores que explicam os números mais baixos de desmate na Amazônia é a ocupação tardia do território, que se intensificou (para projetos de infraestrutura, por exemplo) na segunda metade do século 20. Ainda assim, ter quase 20% da Amazônia original desmatada não é um número insignificante. Estudos estimam que, se o desmate chegar a 25% da floresta, ela pode se tornar incapaz de se regenerar, transformando-se em algo como uma savana.
Atualmente, o Brasil não é o país que mais desmata, mas, em termos absolutos, é o que derruba a maior quantidade de florestas.
É fato
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Fato. Apesar da queda no desmatamento entre 2005 e 2012, o Brasil ainda é o país com a maior área anual desmatada do planeta. Atrás, estão a Indonésia e outros países tropicais, como Mianmar, Nigéria, Tanzânia e Paraguai. Por outro lado, em termos proporcionais, o Brasil não está na frente: Peru, Congo e Indonésia têm a maior proporção de perda de florestas a cada ano. De 30 anos para cá, o Brasil teve perda de vegetação nativa que supera 700 mil km², o equivalente a duas Alemanhas ou a 7% de todas as florestas tropicais do planeta.
O impacto do desmatamento para as mudanças climáticas é muito menor do que o de outras atividades econômicas.
É fato
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Fato. Ainda que cause enormes danos para a biodiversidade e interfira no ciclo de chuvas e na regulação do clima, o desmatamento não está entre as atividades que mais provocam emissões de gases do efeito estufa no mundo. Um relatório de 2019 do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), autoridade científica vinculada à ONU, mostra que a agricultura e o uso do solo (desmatamento incluso) são responsáveis por 23% das emissões responsáveis pela mudança do clima. A campeã, a queima de combustíveis fósseis, emite 77%. Por outro lado, no Brasil o desmatamento tem mais destaque. Um levantamento de 2017 do Observatório do Clima mostra que quase metade das emissões brasileiras (46,1%) são causadas por mudanças no uso da terra, seguidas pela agropecuária (23,9%) e pelo setor de energia (20,8%). Esses dados mostram que, apesar de mudanças no setor energético serem mais urgentes para mitigar a crise climática, zerar o desmate é importante para reduzir as emissões do Brasil, sétimo país mais poluidor do mundo.
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